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ConflitosIsrael

Israel liberta prisioneiros palestinianos em troca de reféns

Lusa
28 de novembro de 2023

A autoridade responsável pelas prisões em Israel libertou 33 prisioneiros palestinianos, poucas horas depois do movimento Hamas ter libertado 11 reféns israelitas, mantidos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro.

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Prisioneira palestiniana (à esquerda) regressa a Jerusalém depois de ter sido libertada da prisão israelita de Ofer
Prisioneira palestiniana (à esquerda) regressa a Jerusalém depois de ter sido libertada da prisão israelita de OferFoto: Muammar Awad/Xinhua/picture alliance

Na sexta-feira passada (24.11), Israel e o movimento islamita palestino comprometeram-se a libertar cerca de dez mulheres e crianças reféns todos os dias em troca de três vezes mais detidos palestinianos, mulheres e jovens com menos de 19 anos. 

Este entendimentoestá em vigor até quinta-feira (30.11), de acordo com o Hamas e a mediação do Qatar, enquanto Israel anunciou que preparou uma lista de 50 novos prisioneiros que podem ser libertados nos próximos dois dias, noticiou a agência France-Presse (AFP).

Israel libertou na segunda-feira (27.11) três mulheres e trinta crianças detidas de prisões israelitas, de acordo com a agência EFE.

Esta foi a quarta troca de prisioneiros após a entrada em vigor, na sexta-feira, do acordo entre Israel e o Hamas, que incluiu inicialmente uma trégua de quatro dias e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Nos primeiros três dias desde o início do entendimento, já foram libertados 58 reféns mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza e 117 palestinianos que estavam em prisões israelitas.

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Trégua prolongada

Este acordo foi hoje prorrogado por mais dois dias, conforme anunciado tanto pelo grupo islamita como pelo governo do Qatar, um dos mediadores juntamente com o Egito e os Estados Unidos.

O Serviço Prisional Israelita explicou que os presos a libertar hoje seriam transferidos para a prisão de Ofer, perto da cidade de Betunia, na Cisjordânia, e de lá serão levados pela Cruz Vermelha para diferentes postos de controlos militares israelitas.

Este mecanismo surge depois de terem sido registados incidentes durante os quais vários palestinianos que foram testemunhar as libertações sofreram ferimentos tanto por tiros disparados pelas forças de segurança israelitas como pelo gás lacrimogéneo utilizado para os dispersar.

Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro, na sequência de um ataque do grupo islâmico, que incluiu o lançamento de mais de 4.000 foguetes e a infiltração de perto de 3.000 militantes, que mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram mais de 240 em comunidades israelitas próximas da Faixa de Gaza.

 Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel contra-atacaram no enclave palestino, onde mais de 15 mil pessoas já morreram, segundo as autoridades da Faixa de Gaza, controlada desde 2007 pelo Hamas, a maioria delas crianças e mulheres, e estima-se que mais de sete mil pessoas estejam desaparecidas sob os escombros.

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