Israel mata chefe de operações do Hezbollah
20 de setembro de 2024O Exército de Israel confirmou nesta sexta-feira (20.09) a morte do chefe de operações do Hezbollah, Ibrahim Aqil, bem como de outros membros das suas forças de elite Radwan, no bombardeio que lançou hoje contra os subúrbios ao sul de Beirute.
"Sob a direção precisa da Divisão de Inteligência, caças da Força Aérea atacaram a área de Beirute e mataram Ibrahim Aqil, chefe de operações da organização terrorista Hezbollah", segundo um comunicado da Defesa.
Além de Aqil, também foram mortos membros de alto escalão da cadeia de comando da Força Radwan, segundo o Exército israelita, que não avançou números.
Todos "estavam a planear o ataque da ‘Conquista da Galileia', com o qual o Hezbollah pretendia infiltrar-se nas comunidades israelitas e assassinar civis inocentes”, justificou o comando militar, que aponta Aqil como o líder deste plano.
"(Esses comandantes) planeiam há anos o seu ‘7 de outubro' na fronteira norte. Chegamos até eles e chegaremos a qualquer um que ameace a segurança dos cidadãos de Israel”, disse o chefe do Estado-Maior do Exército israelita, o tenente-general Herzi Halevi.
Como membro do Conselho da Jihad (principal órgão militar do Hezbollah), também era procurado pelos Estados Unidos, que no ano passado ofereceram uma recompensa de US$ 7 milhões em troca de informações sobre seu paradeiro.
Aqil foi acusado de pertencer à célula terrorista que assumiu a responsabilidade pelo ataque contra a delegação diplomática dos EUA em Beirute, onde morreram 63 pessoas em abril de 1983, e pelo ataque em outubro daquele mesmo ano contra o quartel de fuzileiros navais americanos no Líbano, onde 241 soldados morreram.
ONG exige investigação
A organização não-governamental Amnistia Internacional (AI) defendeu esta sexta-feira (20.09) uma investigação internacional para responsabilizar os autores das explosões de dispositivos eletrónicos no Líbano e na Síria, que esta semana fizeram pelo menos 37 mortos e mais de 3.000 feridos.
Em comunicado divulgado antes de o Conselho de Segurança das Nações Unidas debater as explosões, a organização considerou que, se "Israel for considerado responsável, então estes ataques tiveram lugar no contexto de um conflito armado em curso".
A Amnistia adianta que as provas que recolheu e analisou indicam que quem planeou as detonações não verificou se apenas combatentes tinham recebido os aparelhos, como 'pagers' ou 'walkie-talkies', pelo que os "ataques foram efetuados de forma indiscriminada" e são "ilegais", devendo ser investigados como "crimes de guerra".