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Presidente egípcio avisa que "não se pode tocar" no país

Lusa
28 de outubro de 2023

Presidente Abdel Fattah al-Sissi apelou, este sábado, ao respeito pela soberania do Egito, depois de drones terem ferido, na sexta-feira, seis pessoas no leste da Península do Sinai.

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UN-Weltklimakonferenz COP27 - Abdel Fattah al-Sisi, Präsident von Ägypten
Foto: Gehad Hamdy/dpa

O Presidente egípcio avisou, este sábado (28.10), que "não se pode tocar" no Egito e apelou ao respeito pela soberania do país, depois de drones terem ferido, na sexta-feira, seis pessoas em duas estâncias turísticas no leste da Península do Sinai.

"O Egito é um país soberano. Peço a todos que respeitem a sua soberania e o seu estatuto. Não estou a dizer isto por orgulho, mas (o Egito) é um Estado muito forte que não pode ser tocado", disse  Abdel Fattah al-Sissi num discurso na abertura da Exposição Internacional da Indústria.

Segundo o chefe de Estado egípcio, os drones que atingiram as cidades de Taba e Nuweiba, no Sinai, foram abatidos, sem precisar mais pormenores. 

A península do deserto do Sinai é limitada a noroeste pela Faixa de Gaza e partilha a fronteira oriental com Israel.

O exército indicou que os drones foram lançados a partir do sul do mar Vermelho, enquanto o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita culpou os rebeldes houthi no Iémen, apoiados pelo Irão, acrescentando que o ataque tinha como alvo Israel, mas foi intercetado por um navio de guerra norte-americano.

Ägypten Grenzübergang Rafah | Hilfgüter Werden in den Gazastreifen gebracht
A passagem de Rafah, no Egito, é a única porta de Gaza para o mundo que não está nas mãos de IsraelFoto: Ahmed Gomaa/Xinhua/IMAGO

"Não interessa de onde vieram", disse Al Sisi, que voltou a avisar que "o prolongamento do conflito não beneficiará ninguém na região do Médio Oriente", tornando-se antes numa "bomba-relógio que prejudicará a todos".

De acordo com o exército egípcio, pelo menos seis pessoas ficaram feridas quando um drone atingiu, na sexta-feira, um centro hospitalar nas proximidades da cidade fronteiriça israelita de Taba.

Algumas horas mais tarde, um "objeto estranho" aterrou numa zona deserta da cidade turística de Nuweiba, cerca de 70 quilómetros a sul de Taba, sem causar vítimas.

Os houthis iemenitas avisaram em várias ocasiões que "não ficarão de braços cruzados perante a guerra genocida" em Gaza, advertindo que "ultrapassar as linhas vermelhas obriga o Iémen a cumprir o seu dever religioso e de princípio", mas até agora não reivindicaram a ação.

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No domingo, o exército israelita anunciou que tinha disparado "por engano" um dos seus tanques contra uma posição egípcia nos arredores da Faixa de Gaza. 

O Egito, que detém a única porta de Gaza para o mundo que não está nas mãos de Israel, organizou uma "Cimeira da Paz" no domingo e tem apelado constantemente ao desanuviamento entre Israel e o Hamas.

Na quarta-feira, o Presidente Abdel Fattah al-Sissi passou em revista as suas tropas em Suez, à entrada do Sinai, apelando à "razão" e à "paciência", enquanto exortava os seus homens a "estarem sempre prontos".