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ConflitosTerritório Ocupado da Palestina

Israel promete guerra longa, Hezbollah ameaça resposta dura

nn | com agências
31 de dezembro de 2023

Guerra entre Israel e o Hamas em Gaza "vai continuar durante longos meses", disse o primeiro-ministro israelita. Hezbollah ameaça com uma "grande resposta" se israelitas "insistirem em bombardear civis libaneses".

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Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de IsraelFoto: Ohad Zwigenberg/AP/dpa/picture alliance

"Vamos garantir que Gaza não será mais uma ameaça para Israel", frisou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em conferência de imprensa em Telavive, no sábado (30.12). sublinhando que "para obter uma vitória absoluta" e atingir os objetivos "será preciso mais tempo". 

Segundo Benjamin Netanyahu, essa vitória só será atingida quando "o Hamas for eliminado e os reféns forem libertados", afastando assim por agora a possibilidade de um cessar-fogo.

O conflito, que entrou na 13.ª semana de duração, está a ser "uma batalha complexa", reconheceu o chefe de governo, realçando que as tropas israelitas já "eliminaram mais de oito mil terroristas", entre os quais dirigentes do Hamas - o Movimento de Resistência Islâmica. Na altura, o ataque mais recente tinha acontecido naquele próprio dia e resultado na morte de dezenas de pessoas.

Segundo relata a agência AFP, um milhar de pessoas juntou-se na noite passada (30.12 ) em Telavive para exigir ao governo israelita "um plano global" para o regresso de todos os reféns e rejeitar o "acordo parcial" que já permitiu resgatar apenas alguns deles. 

Manifestantes em Telavive
Manifestantes pedem libertação dos reféns e fim da guerra na Faixa de GazaFoto: Ariel Schalit/AP/dpa/picture alliance

Hezbollah ameaça com "grande resposta"

O secretário-geral adjunto do partido xiita libanês Hezbollah, Naim Qassem, ameaçou este domingo (31.12) com uma "grande resposta" se o exército israelita "insistir em bombardear civis libaneses" e considerou "indispensável" pôr fim aos ataques contra a Faixa de Gaza. 

Segundo a Europa Press, Naim Qassem sublinhou que os ataques de 07 de outubro levados a cabo pelo Hamas marcaram "o início de uma nova era", o que levou a um aumento do apoio ao Hezbollah

Qassem criticou as tentativas de Israel de "permitir o regresso dos residentes ao norte em pleno conflito", algo que "não terá nenhum benefício". "Parar a guerra é crucial para acabar com as hostilidades no Líbano", realçou. 

O responsável tem defendido que o Hezbollah responda a um "em proporção à agressão israelita na frente sul", "ignorando as ameaças".  

"Estamos prontos para enfrentar a agressão, para pôr fim às suas violações e ataques contra Gaza", assegurou Qassem. 

Anteriormente, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, colocou em cima da mesa, durante uma reunião do Conselho de Ministros, a possibilidade de "restaurar a segurança no norte e encorajar o regresso dos residentes às suas casas". 

Milhares de mortos

Em 7 de outubro, comandos do Hamas - movimento islamita considerado terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, no poder na Faixa de Gaza desde 2007 - lançaram um ataque terrorista sem precedentes em solo israelita, no qual mataram 1.139 pessoas, na maioria civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades de Telavive. 

Ataque do Hamas terminou com a morte de mais de 1.400 pessoas, centenas de feridos e a fuga de milhares de pessoas que estavam num festival no sul do país
Ataque do Hamas terminou com a morte de mais de 1.400 pessoas, centenas de feridos e a fuga de milhares de pessoas que estavam num festival no sul do paísFoto: Alexi J. Rosenfeld/Getty Images

Cerca de 250 pessoas foram também sequestradas nesse dia e levadas para Gaza, 129 das quais se encontram ainda em cativeiro. 

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas e tem bombardeado a Faixa de Gaza, mergulhada numa grave crise humanitária. 

Desde o início do conflito, morreram 21.672 habitantes de Gaza e 56.165 ficaram feridos nos ataques do exército israelita, segundo as autoridades palestinianas, que afirmam que 70% das vítimas são mulheres e crianças.

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