JLo libera 40 milhões de euros para reabilitar imóveis
23 de agosto de 2021O Governo angolano vai gastar cerca de 40 milhões de euros para reabilitar um conjunto de edifícios recuperados pelo Estado angolano e que foram "severamente vandalizados".
Os edifícios integram um lote de mais de mil imóveis construídos com fundos públicos, apreendidos em fevereiro do ano passado pela Procuradoria-Geral da República de Angola no âmbito do processo de recuperação de ativos que se encontravam na posse do China Internacional Fund Limited, empresa que tem sido ligada ao ex-presidente da petrolífera estatal e ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente.
Num despacho presidencial publicado no Diário da república em 17 de agosto, o Presidente da República, João Lourenço, faz referência à "elevada preocupação do executivo em implementar projeto de âmbito habitacional" para "diminuir o deficit existente" e aponta a necessidade de reabilitar um conjunto de edifícios localizados na Urbanização Vida Pacífica (Luanda) que são "parte integrante do património privativo do Estado e que foram severamente vandalizados".
Concurso público "urgente"
Em causa está um contrato para reabilitação de 21 edifícios com 15 pisos e 112 apartamentos no valor de 2,2 milhões de dólares (1,8 milhões de euros), ou seja, um total de 46,2 milhões de dólares (39,5 milhões de euros).
"Considerando a urgência requerida para os efeitos de concurso público, os 21 imóveis são agrupados em seis lotes de modo a permitir a execução dos trabalhos de forma mais célere", acrescenta o diploma, indicando que os recursos financeiros serão canalizados através do Fundo de Fomento Habitacional.
Num outro despacho presidencial, João Lourenço, autoriza a abertura de um procedimento de contratação emergencial para contenção e estabilização de uma ravina na Avenida Fidel de Castro (Luanda), "que se encontra em estado de progressão acelerado, podendo cortar a circulação, bem como danos imprevisíveis para a circulação de pessoas e bens", bem como o eminente perigo de queda de um poste de iluminação.
Os contratos para a obra em causa, bem como a fiscalização da mesma, estão estimados em cerca de 21 milhões de kwanzas (cerca de 28 mil euros).