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Junta Militar da RENAMO é "cancro removido por completo"

Lusa
18 de abril de 2022

Comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) diz que a Junta Militar da RENAMO é "um cancro que foi removido", que já "não existe mais".

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Combatentes da Junta Militar da RENAMO na Gorongosa (Foto de arquivo / 2012)Foto: Jinty Jackson/AFP/Getty Images

"Não existe a Junta Militar. A Junta Militar, um cancro que tínhamos no país, foi operada, o cancro foi removido por completo, posso-vos garantir", disse esta segunda-feira (18.04) Bernardino Rafael, falando no arranque de uma ação de formação de polícias na província de Maputo, sul do país.

O comandante-geral da PRM considerou "oportunistas" pessoas que assaltam viaturas em algumas estradas da região centro do país, acusando-as de quererem ser "confundidas" com a Junta Militar da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO).

No final de março, o ministro da Defesa Nacional de Moçambique, Cristóvão Chume, considerou "não credíveis" informações sobre o reagrupamento da Junta Militar, depois de as Forças Armadas terem dito que o grupo continua ativo.

"Não temos nenhuma informação credível que nos dá a indicação de que há um novo líder da Junta Militar", afirmou Chume.

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Processo de DDR

Grande parte das forças residuais da Renamo, incluindo alguns membros da Junta Militar, aderiu ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), acrescentou.

As declarações daquele governante contrariam o anúncio feito em fevereiro pelo diretor de Operações no Ministério da Defesa, Chongo Vidigal, que disse na altura que a Junta Militar nomeou um novo líder, depois da morte em combate do seu chefe, Mariano Nhongo, e que continua ativa.

"A última informação que temos é de que recentemente houve eleições internas e foram nomeados novos dirigentes da Junta Militar. Quer dizer que este grupo, para todos os efeitos, continua" ativo, referiu o brigadeiro Chongo Vidigal.

A autoproclamada Junta Militar da RENAMO foi responsável por mais de 30 mortes em ataques armados no centro de Moçambique entre 2019 e outubro de 2021, mês em que Mariano Nhongo foi abatido.

O chefe da junta contestava a liderança da RENAMO e exigia a renegociação do acordo de paz assinado entre o principal partido da oposição e o Governo, em agosto de 2019.

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