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Junta militar do Mali promete eleições até março de 2024

DW (Deutsche Welle) | com agências
7 de junho de 2022

O líder da junta militar do Mali, coronel Assimi Goita, assinou hoje um decreto que estabelece uma transição de dois anos, um período que já tinha sido rejeitado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

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Coronel Assimi Goita lidera a junta maliana desde maio de 2021
Coronel Assimi Goita lidera a junta maliana desde maio de 2021Foto: Präsidentschaft der Republik Mali

A junta militar que governa o Mali prometeu realizar eleições democráticas até ao final de março de 2024, o que representa um atraso de dois anos no regresso ao regime civil.

O plano foi anunciado esta terça-feira (07.06) na capital, Bamako, pelo coronel Assimi Goita, que lidera a junta maliana desde maio de 2021.

"A duração da transição é fixada em 24 meses a partir de 26 de março", é referido no decreto presidencial.

Sanções da CEDEAO

O período transitório decretado já tinha sido rejeitado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que criticou Bamako devido ao não cumprimento pelo país da promessa de organizar eleições em fevereiro passado.

A CEDEAO encerrou no sábado (04.06) a cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo na capital do Gana, Acra, adiando a decisão sobre a aplicação de sanções ao Mali, Burkina Faso e Guiné-Conacri para a próxima reunião, a 3 de julho.

Além do Mali, os governos militares do vizinho Burkina Faso e da Guiné-Conacri também enfrentam ameaças semelhantes da CEDEAO por atrasarem as transições democráticas.

Os líderes da CEDEAO terao de decidir se aliviam ou endurecem as sanções contra os países em causa, onde as respetivas juntas militares não revelam intenções de entregar a curto prazo o poder a governos civis legitimamente eleitos.