Hora do grande espetáculo!
17 de setembro de 2018A maior competição mundial entre clubes está prestes a começar! Depois das pré-eliminatórias e do “play-off”, é com a fase de grupos que a Liga dos Campeões cativa e emociona os adeptos de todo o planeta.
32 equipas, oito grupos, 96 jogos para se apurarem os dois primeiros classificados de cada agrupamento (que seguem para os oitavos-de-final) e os terceiros (que são “repescados” para os 1/16 avos-de-final da Liga Europa).
Os favoritosDepois de três vitórias consecutivas (algo inédito na longa história da mais importante competição de clubes da UEFA), o Real Madrid surge amputado da sua maior “estrela” dos últimos anos (Cristiano Ronaldo, agora na Juventus) mas, ainda assim, naturalmente favorito a um lugar nas fases mais avançadas da prova. Os “merengues”, agora treinados por Julén Lopetegui, apostam num sentido mais coletivo do jogo para tentar a sua 14ª Champions.
À procura do regresso aos grandes triunfos europeus estão o Barcelona, que volta a contar com Lionel Messi como figura de proa, a Juventus (agora com CR7), o Bayern de Munique (coeso e organizado como sempre) e o Manchester City (em claro ascendente, agora que Pep Guardiola parece ter definitivamente imposto as suas ideias e métodos).Cinco equipas favoritas? Talvez… Mas a história da Liga dos Campeões já nos habituou a algumas surpresas, pelo que os eternos candidatos terão de se precaver, começando já na fase de grupos, cujo modelo de disputa (um mini-campeonato a seis jogos em apenas três meses) permite o surgimento de “outsiders” de qualidade (Liverpool, Paris Saint-Germain, Atlético de Madrid, Tottenham, Manchester United ou Roma) sempre à espreita de uma oportunidade…
As surpresas
Pouco habituados a estas andanças (embora sempre candidatos a lugares cimeiros nas respetivas ligas) estão os suíços do Young Boys, os gregos do AEK, os alemães do Hoffenheim, os checos do Viktoria e os sérvios do Estrela Vermelha. São as equipas mais “perigosas” para os eternos favoritos, procurando, perante o seu público, mostrar capacidade para discutir os jogos e, fora de portas, demonstrar que podem também assinar resultados surpreendentes.Oriundas (à exceção do Hoffenheim) de ligas periféricas no continente europeu, as formações de Berna, de Atenas, de Plzen e de Belgrado serão sempre incómodas. A responsabilidade nunca estará do seu lado, pelo que, do ponto de vista emocional, estarão salvaguardadas e pouco (ou nada…) pressionadas.
As figuras
Nomes fortes do defeso, Cristiano Ronaldo e Luka Modrić terão os holofotes apontados aos seus gestos, aos seus golos, aos seus festejos. Companheiros na caminhada vitoriosa do Real Madrid nas últimas três épocas, o português e o croata jogam agira em lados opostos da barricada, e o sinal de (alguma) mudança foi dado pela UEFA, que atribuiu o prémio de melhor jogador da Champions League de 2017/2018 a Modrić, interrompendo uma série de triunfos de Cristiano.Na Juventus, o avançado português procura agora ser campeão europeu por três formações distintas (depois de o ter conseguido com Manchester United e Real Madrid), e parece ter apurado a veia goleadora com os dois golos ao Sassuolo, na jornada do fim de semana da Série A italiana. A “vecchia signora” partilha o grupo H da Liga dos Campeões com os ingleses do Manchester United (reencontro entre José Mourinho e Cristiano Ronaldo), os espanhóis do Valência e os suíços do Young Boys.
Já Modrić e o Real Madrid encontrarão, no grupo G, os checos do Viktoria Plzen, os russos do CSKA de Moscovo e os italianos da AS Roma. O “capitão” croata pode tornar-se (ainda mais) preponderante na equipa espanhola, e uma nova vitória na Champions League colocá-lo-ia de imediato no patamar mais alto da história da competição.
A finalO novo estádio Metropolitano é o palco escolhido pela UEFA para a final da Liga dos Campeões, no dia 1 de junho do próximo ano. O recinto do Atlético de Madrid, com capacidade para quase 68 mil pessoas, foi inaugurado há um ano (a 16 de setembro), e marca o regresso da final da competição à península ibérica, cinco anos depois de, no estádio da Luz, em Lisboa, o Real Madrid ter batido o Atlético de Madrid, numa final espanhola que seria replicada, dois anos depois, na cidade italiana de Milão.