Lituânia imputa Rússia por ataque a aliado de Navalny
13 de março de 2024O ataque a Leonid Volkov em Vílnius foi provavelmente “uma operação organizada e realizada pela Rússia”, avançaram os serviços de segurança nacional lituanos, em comunicado oficial.
Agredido violentamente na terça-feira (12.03) com um martelo em frente à sua casa em Vilnius, Volkov, de 43 anos, foi hospitalizado, tendo mais tarde explicado, numa mensagem na rede Telegram, que foi atingido 15 vezes numa perna.
O Governo da Lituânia, país onde o opositor do regime do Presidente russo, Vladimir Putin, vive em exílio, descreveu o ataque como “chocante”, tendo a polícia anunciado, em comunicado, que “já foi aberta uma investigação criminal”.
Segundo o vice-chefe de polícia, Saulius Tamulevicius, os investigadores estão a seguir várias pistas, mas nenhum suspeito foi ainda identificado.
“Estamos a tomar todas as medidas necessárias para esclarecer os motivos e causas deste crime. Vários caminhos estão a ser estudados”, disse, em declarações à rádio LRT.
O ataque aconteceu a poucos dias das eleições presidenciais na Rússia, que deverão prolongar o mandato do líder do Kremlin (presidência russa).
De acordo com a descrição do ataque a Volkov divulgada pela ex-porta-voz de Navalny, Kira Yarmysh, “alguém partiu a janela de um carro e jogou gás lacrimogéneo nos olhos [do opositor russo]”, antes de lhe bater com um martelo. A mulher de Volkov, Anna Biryukova, publicou fotografias nas redes sociais que mostram os ferimentos do marido, incluindo um olho roxo, uma marca vermelha na testa e sangue na perna.
Volkov saiu hoje do hospital, adiantou uma fonte do Governo lituano, referindo ter ainda “hematomas em várias partes do corpo e uma fratura num osso da mão”.