Líbia: Dimensão real das cheias "ainda é desconhecida"
15 de setembro de 2023Numa conferência de imprensa em Genebra, o Martin Griffiths disse: "O problema para nós na Líbia é, obviamente, coordenar os nossos esforços com o Governo e, depois, com as outras autoridades no leste do país". Griffiths acrescentou que "o nível de necessidades, o número de mortos, ainda é desconhecido".
O Crescente Vermelho Líbio disse na quinta-feira (14.09) que 11.300 pessoas tinham morrido em Derna (leste da Líbia) e outras 10.100 estão dadas como desaparecidas.
O país rico em petróleo está dividido, desde 2014, entre governos rivais a leste, em Benghazi, e a oeste, em Tripoli, apoiados por várias milícias e parceiros internacionais, respetivamente.
A cidade de Derna é governada pela administração oriental da Líbia, que é apoiada pelo comandante militar Khalifa Hiftar.
Hoje, a cidade de Derna foi evacuada e apenas as equipas de busca e salvamento foram autorizadas a entrar, anunciou Salam al-Fergany, diretor-geral do Serviço de Ambulâncias e Emergências do leste da Líbia.
Ajuda de Moscovo
A Rússia enviou, entretanto, um avião com ajuda humanitária para a Líbia para aliviar os efeitos do ciclone Daniel.
O Ministério das Situações de Emergência da Rússia informou que o avião Il-76 transporta tendas, cobertores, centrais elétricas móveis e projetores para iluminar as zonas de busca e salvamento, entre outros materiais.
A ajuda foi enviada para a Líbia por ordem do Presidente russo, Vladimir Putin, e do ministério.
Segundo a ONU, 884.000 pessoas precisam de ajuda, mas um quarto de milhão delas tem necessidades urgentes.