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Mais de 650 mil pessoas afetadas pelo ciclone em Moçambique

Lusa | ar
17 de fevereiro de 2017

Os distritos moçambicanos de Massinga, Morrumbene, Maxixe, Jangamo, Zavala, Homoíne, Vilanculos, Inharrime e Inhassoro, todos na zona costeira, foram os mais atingidos pelo ciclone "Dineo".

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Mosambik Inhambane Sturm "Dineo"
Estragos provocados pelo ciclone "Dineo" (Inhambane)Foto: DW/L. da Conceição

O número de pessoas afetadas pelo ciclone que atingiu na quarta-feira a província de Inhambane, sul de Moçambique, subiu para 650 mil, segundo o Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE), que manteve o número de mortos em sete.

Num relatório divulgado em Maputo, o CENOE avança que o número de pessoas afetadas subiu de 130 mil e que há 55 feridos, quatro dos quais em estado grave.

No que respeita aos prejuízos, o relatório indica que foram danificados 106 edifícios públicos, 70 unidades hospitalares, 998 salas de aula, três torres de comunicação, 48 postos de transporte de energia elétrica e dois sistemas de abastecimento de água.

"Como ações de resposta, foram criadas equipas de monitoria e avaliação rápida, abrigo, planificação e informação", refere o documento, que avança que, por precaução, foram canceladas as aulas nos distritos de Massinga, Morrumbene, Vilankulos, Jangamo, cidade de Inhambane e Maxixe. O ciclone, que começou como uma depressão tropical, formou-se no canal de Moçambique e, à medida que se aproximava da costa, aumentou a velocidade, tendo os ventos, até ao meio-dia de quarta-feira (15.02), atingido uma velocidade de mais de 100 quilómetros por hora, com rajadas de cerca de 150 quilómetros por hora.

Mosambik Inhambane Sturm "Dineo"
Inhambane- depois da passagem do ciclone "Dineo"Foto: DW/L. da Conceição

Centros operativos de emergência ativados

Os distritos de Massinga, Morrumbene, Maxixe, Jangamo, Zavala, Homoíne, Vilanculos, Inharrime e Inhassoro, todos na zona costeira, foram os mais atingidos pelo ciclone, um fenómeno que levou as autoridades moçambicanas a ativarem os centros operativos de emergência em todos os locais afetados.

"Neste momento, decorrem os trabalhos para a atualização de dados, mas temos problemas, devido à falta de comunicação, na medida em que as vias de acesso foram danificadas e temos o problema da falta de comunicação", afirmou o diretor do (CNOE), Maurício Xerinda, falando na quinta-feira, durante uma conferência de imprensa de balanço."Estamos a providenciar tendas e alimentos para as famílias afetadas", observou a fonte, que garantiu que o Governo moçambicano continua a monitorar a situação em Inhambane e também Gaza, onde os danos do ciclone foram menores e não houve vítimas mortais.

Mosambik - Bewolkerung von Maxixie & schaden wegen Regen in Mosambik (Desalojados pela chuva em Moçambique)
Distrito de Maxixe - zona costeira (Moçambique)Foto: DW/L. da Conceição

Nyusi preocupado com as populações

Falando durante a abertura do primeiro Seminário Internacional da Rede de Provedores de Justiça da Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na quinta-feira (16.02) em Maputo, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, expressou a sua preocupação com as populações afetadas, garantindo que o Governo tudo fará para assistir as pessoas atingidas pelo fenómeno.

"Queremos aqui deixar uma mensagem de muita força e coragem e o Governo tudo fará para dar uma resposta o mais rápido possível aos efeitos deste desastre natural", referiu Nyusi.