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Mali: Exército afirma ter matado uma dezena de terroristas

Lusa
17 de abril de 2022

Exército maliano anuncia ter matado pelo menos dez terroristas, incluindo um extremista islâmico franco-tunisino, durante dois ataques aéreos realizados na quinta-feira, no centro do Mali.

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Mali Unruhen l Erneuter Angriff auf Soldaten - Symbolbild
Um soldado das Forças Armadas malianas (foto de arquivo).Foto: Umago/Belga/N. Maeterlinck

Num comunicado difundido este sábado (16.04) à noite, o general das Forças Armadas do Mali afirmou que haviam "acabado de neutralizar, em dois ataques aéreos, em 14 de abril de 2022, uma dezena de terroristas na floresta de Ganguel", localizada a cerca de dez quilómetros de Moura.

"Estes ataques neutralizaram alguns membros do GSIM", Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, a principal aliança extremista no Sahel, ligada à rede terrorista da Al-Qaida e liderada por Iyad Ag Ghaly, "incluindo Samir al-Bourhan, um terrorista franco-tunisiano, que falava francês e árabe", acrescentou.

O exército disse ter agido "com base em informações técnicas precisas", que indicavam "um agrupamento de terroristas", presente na zona "para impulsionar o moral dos combatentes" do GSIM e "fornecer apoio financeiro e logístico há muito esperado", depois do "amargo revés em Moura".

Symbolbild Niger Soldat
Foto de arquivo.Foto: Ludovic Marin/AFP/Getty Images

Execuções com ajuda estrangeira

O exército do Mali disse "ter neutralizado" 203 extremistas islâmicos em Moura, no final de março. Mas para a organização não governamental (ONG) norte-americana de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW), as autoridades executaram sumariamente 300 civis com a ajuda de combatentes estrangeiros.

Nenhuma foto ou vídeo dos acontecimentos em Moura foi divulgada desde então para apoiar a versão das autoridades malianas ou da HRW. A missão da ONU no Mali (Minusma) tem vindo a pedir em vão a Bamako, há já vários dias, autorização para enviar uma equipa de investigadores.

Governado desde 2020 pelo exército, o Mali atravessa, desde 2012, uma profunda crise de segurança que o destacamento de forças estrangeiras não foi capaz de resolver.

A violência dos extremistas muçulmanos começou no norte do país e espalhou-se pelo centro e sul, antes de o conflito se agravar com o aparecimento de milícias comunitárias e bandos criminosos.

Milhares de civis e combatentes morreram no conflito, e o centro do Mali é atualmente um dos principais focos da crise no Sahel.

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