Nyusi pede "coordenação conjunta" contra ataques armados
15 de maio de 2021O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou este sábado (15.05) que a experiência da Polícia da República de Moçambique (PRM) deve se refletir no combate ao terrorismo no norte do país.
"O país vive momentos peculiares", afirmou na cerimónia de comemoração dos 46 anos desde a criação da PRM, data que assinala-se na segunda-feira (17.05).
O crime e, em especial, os ataques armados na província de Cabo Delgado, continuam a ser um dos maiores desafios. Filipe Nyusi destacou a importância da atuação das Forças de Defesa e Segurança (FDS) contra terroristas, no norte, e contra membros da autoproclamada "Junta Militar" da RENAMO, no centro do país.
"Instamos a polícia, em coordenação com as demais Forças de Defesa e Segurança, a persistir no combate ao terrorismo e aos ataques armados da 'Junta Militar' da RENAMO para que a paz social seja restabelecida naquelas regiões do país", afirmou num discurso em direto na Televisão de Moçambique (TVM).
O Presidente de Moçambique sublinhou ainda a necessidade de coordenação conjunta "para melhores resultados operativos". Filipe Nyusi fez estas declarações na véspera de sua visita de trabalho a França, que começa este domingo (16.05).
O Presidente moçambicano vai participar na terça-feira (18.05) na Cimeira sobre o Financiamento das Economias Africanas, em Paris, a convite do chefe de Estado francês, Emmanuel Macron.
"Liderança contra os malfeitores"
Esta sexta-feira (14.05), a presidente da Assembleia da República, Esperança Bias, disse que os moçambicanos devem assumir a liderança no combate aos que protagonizam os ataques armadas nas regiões norte e centro do país.
"Queremos aproveitar o momento para exortar em especial os jovens para que não se deixem enganar pelos terroristas, vendendo a pátria a troco de dinheiro, bens e promessas", disse em Maputo. As declarações foram reproduzidas pela Rádio Moçambique.
No encerramento da terceira sessão ordinária do Parlamento moçambicano, os chefes da três bancadas parlamentares destacaram a necessidade de envolvimento de toda a sociedade no combate ao crime em Moçambique.