Moçambique: Campanha eleitoral começará sem Momade
23 de agosto de 2024Os partidos concorrentes às eleições gerais moçambicanas iniciam neste sábado (24.08) a campanha para a votação de 9 de outubro. Durante 45 dias, as 37 forças políticas que disputam as legislativas e provinciais, mais os quatro candidatos à Presidência, vão disputar o voto dos eleitores.
O partido no poder, Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), dará o pontapé inicial da sua campanha na cidade da Beira, no centro do país.
Daniel Chapo é o nome escolhido pela FRELIMO para concorrer ao cargo de Presidente da República. Mas será Filipe Nyusi, atual chefe de Estado e líder do partido no poder, que fará a abertura oficial da cerimónia, segundo a imprensa local.
Oposição em palcos diferentes
A capital provincial de Sofala também vai ser palco para o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), segunda maior força da oposição moçambicana. O partido tem Lutero Simango como candidato à Presidência e deverá ser ele a abrir a campanha do partido na Beira.
A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), maior partido da oposição, por seu turno, vai iniciar a sua campanha eleitoral em Quelimane, capital provincial da Zambézia, também no centro do país.
Segundo informações da imprensa moçambicana, Ossufo Momade, líder do partido e candidato à Ponta Vermelha, não deverá estar no evento este sábado por estar fora do país – assim como ocorreu na campanha de 2019, recordou o portal Carta de Moçambique. Clementina Bomba, secretária-geral da RENAMO, entretanto, deverá representá-lo.
Mais ao sul, Venâncio Mondlane, que concorre à Presidência da República com o apoio do Povo Otimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) – partido dissidente da FRELIMO, estará na Matola para fazer o lançamento da sua campanha de caça ao voto.
Apelo para eleições pacíficas
Mais de 17.163.686 eleitores estão inscritos para votar nas eleições gerais de 9 de outubro, segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE). Desses, mais de 300.000 estão recenseados no estrangeiro.
Há poucos dias do início da campanha eleitoral, a sociedade civil moçambicana e a CNE apelaram a uma campanha eleitoral sem violência e sem incitamento ao ódio.
"Não usemos a campanha eleitoral para promover a desordem, incitamento ao ódio e à violência moral, que tem levado à injúria e à difamação, e devemos evitar a violência física", declarou o presidente da CNE, Carlos Matsinhe.