Moçambique: Ciclone fustiga cidade da Beira
15 de março de 2019Há zonas inundadas e várias famílias de bairros limítrofes da Beira, província central de Sofala, ficaram desalojadas, de acordo com a agência de notícias Lusa.
Segundo a Rádio Moçambique, uma fonte do Hospital Central da Beira disse não haver registo de ferimentos relacionados com a passagem do ciclone. Mas a Televisão de Moçambique reportou cinco feridos graves.
Alguns bairros da cidade, com mais de 500 mil habitantes, estão sem eletricidade. Com a passagem do ciclone Idai, caíram cabos elétricos, placards e árvores. Telhados voaram e parte do estádio municipal da Munhava desabou, noticia a imprensa.
"Não há comunicação com a Beira. Casas e árvores ficaram destruídas e houve torres que caíram", afirmou uma fonte do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) à agência France Presse.
No terreno estão equipas de socorro do INGC e agências das Nações Unidas, a avaliar a situação, segundo a Lusa.
Perigo noutras zonas
O ciclone Idai deverá continuar a avançar em direção a oeste, com ventos entre os 140 e 160 quilómetros por hora, chuva e trovoadas. As províncias afetadas são Sofala, Manica, Zambézia, Inhambane e Tete.
Segundo dados do INGC, citados pelo jornal moçambicano "O País", várias casas ficaram sem tecto nos distritos de Vilankulos, em Inhambane, e Chinde, na Zambézia. Em Vilankulos, duas torres da rádio e televisão públicas terão sido derrubadas pelos ventos. No distrito de Chinde, um posto de saúde, uma maternidade e uma escola ficaram danificados.
Karin Manente, representante do Programa Alimentar Mundial (PAM) em Moçambique, garantiu esta sexta-feira (15.03) à agência de notícias Lusa que, assim que as condições meteorológicas o permitam, serão distribuídos produtos alimentares à população necessitada, na zona centro.