1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Moçambique: LAM volta a voar para a Europa em março de 2020

8 de outubro de 2019

Os voos que ligarão Maputo a Lisboa terão início a 31 de março de 2020, com um "serviço diferenciado e competitivo", garantiu o diretor-geral da LAM à DW. A ambição da companhia moçambicana é voar para a Alemanha.

https://p.dw.com/p/3QtRR
Mosambik Fluggesellschaft LAM
Foto: DW/J. Carlos

A companhia de bandeira moçambicana saiu da lista negra da União Europeia, depois de ter cumprido todas as exigências de segurança impostas pelos organismos competentes. Está assim de regresso ao mercado já de si bastante competitivo. 

Em entrevista à DW África, o diretor-geral da Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), João Pó Jorge, começa por afirmar que a companhia já foi submetida a várias auditorias e certificações, estando os problemas técnicos que a impediam de voar para o espaço europeu ultrapassados. Para já, a ligação aérea Maputo/Lisboa/Maputo  será efetuada com aparelhos da portuguesa Hi Fly, e tem início a 31 de março de 2020.

Mosambik Fluggesellschaft LAM Joao Po Jorge
João Pó Jorge, diretor-geral da LAMFoto: DW/J. Carlos

"Obviamente que a aviação civil também melhorou substancialmente a sua performance e isso dá-nos essa possibilidade de voar para a Europa quando nós quisermos mesmo sem operador, se bem que vamos começar este voo baseados no apoio de um operador português", explicou João Pó Jorge.

Com os olhos no mercado europeu, a companhia moçambicana quer também explorar as ligações com a Alemanha.

Concorrência

O diretor-geral da LAM adiantou que a companhia está atenta à concorrência pela apetência do mercado moçambicano por outras congéneres como a TAAG (Angola) e, como tal, promete serviço diferenciado e competitivo.

"Contamos oferecer um produto diferente, não só no tratamento, desde a compra do bilhete até ao destino final, mas também apostando no facto de ser um voo direto. Queremos utilizar isso como uma fonte para alavancar o mercado. Sabemos que é um mercado bastante forte e que está a crescer e acreditamos que, com isso, conseguiremos encaixar-nos bem nessa rota. Obviamente que há outras companhias (a TAAG, a Air Qatar…) que fazem essa ligação", notou João Pó Jorge, acrescentando que a intenção da LAM com a TAP, "que faz voos diretos", é trabalhar "em parceria e não entrar em competição direta".

Moçambique: LAM volta a voar para a Europa

Público saúda regresso

A comunidade moçambicana e empresários com interesses em Moçambique acolheram com agrado o regresso dos voos entre Maputo e Lisboa. É o caso de Ana Luísa, uma lojista moçambicana que vive há cerca de três anos em Portugal e que diz esperar "que as condições sejam melhores que as anteriores".

"Gostaria que fosse uma boa companhia, que estivesse à altura das outras. Porque há gente indo pela TAAG [Transportadora Aérea de Angola], por outras [companhias] que andam por aí. Espero mais melhorias nos aviões, na assistência; melhoria dos serviços em geral", acrescentou Ana Luísa.

Mosambik Joaquim Bule und Joao Po Jorge
Embaixador moçambicano em Portugal, Joaquim Simeão Bule, e diretor-executivo da LAM,Foto: DW/J. Carlos

Também Paulo Garção, reformado, vê com bons olhos este regresso. "Acho que é excelente, porque é oportunidade ao mesmo tempo para abrir novos horizontes”, diz. Este antigo funcionário bancário moçambicano veio de férias a Portugal através da Transportadora Aérea Portuguesa (TAP), uma realidade que poderá ser diferente em 2020, nota: "Mais fácil [é] virmos mais rapidamente com a nossa companhia de bandeira. Estamos aqui, vamos para qualquer lado. Porque viajei muito na LAM para todos os lados e agora quando soube disto disse "ótimo". Fico feliz".

A participar no evento, em Lisboa, desta segunda-feira (07.10) que marcou o lançamento formal da ligação, o embaixador moçambicano, Joaquim Simeão Bule, afirmou que este voo não é uma mera operação comercial entre a LAM e a companhia aérea privada portuguesa Hi Fly. "Este voo representa ganhos enormes para Moçambique» e constitui «mais uma oportunidade para colocar o país na rota do mundo", afirmou.

Saltar a secção Mais sobre este tema