Países da SADC debatem resposta regional ao terrorismo
23 de junho de 2021O Presidente do Botsuana e do Órgão de Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Mokgweetsi Masisi, assegurou já que a organização vai encontrar a melhor forma de ajudar Moçambique a combater o terrorismo.
"Estamos solidários com Moçambique na luta contra o terrorismo e vamos encontrar a melhor forma de ajudar o país a acabar com a guerra e violência", declarou Masisi durante a cerimónia de abertura do fórum de negócios da SADC, que arrancou terça-feira (22.06) em Maputo.
Moçambique e a África Austral devem livrar-se de todas as formas de violência para se concentrarem no desenvolvimento económico e prosperidade dos seus povos, acrescentou. O Presidente do Botsuana defendeu o empenho de todos os estados da SADC visando a integração económica regional, assinalando que a promoção do bem-estar social deve estar no "âmago" da atuação da organização.
Outros temas que serão abordados pelos chefes de Estado e de Governo da organização regional são, segundo uma nota da SADC, a segurança alimentar e nutricional, género e desenvolvimento, bem como progressos alcançados no combate ao VIH/Sida e à pandemia de Covid-19.
"SADC: 40 Anos Construindo Paz e Segurança"
A cimeira vai também avaliar os resultados alcançados na prossecução do lema "SADC: 40 Anos Construindo Paz e Segurança e Promovendo Resiliência Face aos Desafios Globais".
Durante o evento, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, que preside à cimeira, na qualidade de presidente em exercício da SADC, vai lançar os livros "40 Anos da SADC: Reforçando a Cooperação e a Integração Regionais", "Volume 2 das Histórias de Sucesso da SADC- Moçambique" e "Lutas de Libertação da África Austral", uma obra da autoria de Hashim Mbita, destacado líder tanzaniano e que foi secretário-executivo do Comité de Libertação da Organização da União Africana (OUA), atual União Africana (UA)
Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo jihadista Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.800 mortes segundo o projeto de registo de conflitos ACLED e 732.000 deslocados de acordo com a ONU.
Ainda segundo a ONU, mais de 900.000 pessoas estão sob insegurança alimentar severa em Cabo Delgado e as comunidades de acolhimento estão também a precisar urgentemente de abrigo, proteção e outros serviços.