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TSU em Moçambique: RENAMO pede "exonerações"

Lusa
29 de outubro de 2022

Em causa estão as alegadas irregularidades na implementação da nova Tabela Salarial Única no país. RENAMO considera o Governo "incompetente" e exige uma "exoneração imediata". Médicos ameaçam com greve.

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Mosambik - Metical
Foto: DW/M. Sampaio

A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), maior partido da oposição, pediu, esta sexta-feira (28.10), a demissão dos ministros da Economia e Finanças, Max Tonela, e da Função Pública, Ana Comoana, devido a alegadas irregularidades na implementação da nova Tabela Salarial Única (TSU).

A RENAMOexige uma "exoneração imediata", disse Alfredo Magumisse, porta-voz da comissão política do partido, durante uma conferência de imprensa, na sequência da contestação de vários profissionais da função pública.

Os ministérios "não têm condições técnicas" para enquadrar os diferentes grupos profissionais "na nova tabela", acrescentou.

Max Tonela
Max Tonela, ministro da Economia e FinançasFoto: Roberto Paquete/DW

Algumas classes profissionais têm-se queixado de erros de enquadramento na TSU, assinalando que a situação poderá prejudicar o seu estatuto remuneratório, caso não seja corrigida

A RENAMO considera o Governo "incompetente", quer que o executivo explique as causas dos "sucessivos erros de regulamentação" na aplicação da TSU e pede resposta a "todos os ofícios dos grupos profissionais".

O ministro da Economia e Finanças disse na quarta-feira que "há espaço" para os funcionários públicos apresentarem reclamações para a correção do seu enquadramento.

A nova matriz salarial no Estado tem 21 níveis, entre 8.756 e 165.758 meticais (entre 134 e 2.580 euros), em vez de 103 escalões, como ocorria anteriormente.

Médicos ameaçam com greve

Também, esta sexta-feira, os médicos moçambicanos ameaçaram levar a cabo uma greve de 21 dias caso o governo não corrija os erros no estatuto de alguns profissionais na nova Tabela Salarial Única.

O aviso é da Associação Médica de Moçambique, que acrescenta que, a avançar, a paralisação terá início a 7 de novembro.

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