MPLA marca um ano da morte de José Eduardo dos Santos
8 de julho de 2023Numa declaração a propósito do primeiro aniversário da morte do ex-Presidente e presidente emérito do partido, que esteve à frente dos destinos de Angola durante 38 anos, o Bureau Político do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), prestou tributo ao antigo chefe de Estado "por tudo quanto fez pelo engrandecimento do Partido e da Nação"
"Decorrido um ano, Angola e os Angolanos continuam resignados pelo desaparecimento físico de um dos seus melhores filhos, cuja entrega incondicional à causa do povo e o amor à Pátria elevaram-no a categoria de ser uma das individualidades de referência universal, detentor de irrefutáveis índices de verticalidade e dimensão humana", refere o comunicado.
José Eduardo dos Santos morreu em Espanha a 8 de agosto de 2022, aos 79 anos, tendo sido o funeral celebrado em Luanda 20 dias mais tarde após uma disputa sobre a custódia dos restos mortais entre alguns dos seus filhos mais velhos, que vivem fora de Angola e enfrentam a justiça angolana, e a viúva e filhos mais novos, apoiados pelo Estado angolano.
José Eduardo dos Santos viveu os últimos anos de vida em Barcelona, após a subida ao poder do seu sucessor, João Lourenço, e os tribunais angolanos terem avançado com processos contra alguns dos mais próximos colaboradores e familiares do ex-chefe de Estado, incluindo os filhos Isabel dos Santos e José Filomeno dos Santos.
MPLA elogia "empenho nacionalista e patriótico"
O ex-presidente interrompeu o autoexílio apenas uma vez, regressando a Luanda em setembro de 2021, para uma curta estada, sem prestar declarações à imprensa ou esclarecimentos sobre o motivo da deslocação.
O Bureau Politico elogiou "o valente empenho nacionalista e patriótico" de José Eduardo dos Santos "que permitiram manter o MPLA no trilho dos ideais do manifesto da sua constituição, apesar das metamorfoses impostas pela dinâmica social no contexto local e internacional".
Por ultimo, o órgão MPLA, partido do poder em Angola desde 1975, apelou aos angolanos para que transformem esta data "numa jornada de reflexão em torno dos objetivos almejados para a prossecução do bem-estar do povo angolano", sublinhando que "o mais importante é resolver os problemas do povo".