Mpox: Angola com risco elevado devido a fronteira com RDC
21 de agosto de 2024"O nosso sistema de vigilância está reforçado a nível nacional", garantiu hoje o chefe do Departamento de Controlo de Doenças da Direção Nacional de Saúde Pública de Angola, Eusébio Manuel.
"Estamos a falar no nível municipal, provincial e nacional, e até esse momento ainda não se registaram casos de mpox, mas o risco é elevado por termos uma vasta fronteira com a República Democrática do Congo (RDCongo)", acrescentou.
Em declarações à agência Lusa, o responsável realçou que a "intensa movimentação" de pessoas e bens a nível das fronteiras oficiais e não oficiais entre Angola e a RDCongo justificou a elaboração de um plano de contingência, visando a prevenção do vírus.
"Todas [as fronteiras] estão abertas, não há impedimentos na circulação e todo o cuidado é pouco, facto pelo qual as medidas devem ser rigorosamente implementadas e acatadas pela população", frisou.
Medidas de prevenção
Com a RDCongo, epicentro do mpox, a registar já uma variante do vírus mais letal, as autoridades angolanas dizem estar a implementar medidas eficazes para precaver uma eventual introdução de casos no país.
O reforço do sistema de vigilância, de medidas básicas de contenção e de segurança individual, "tal como as implementadas durante a Covid-19", constam entre as ações desenvolvidas para travar o eventual contágio, referiu.
A deteção precoce da doença numa determinada área, evitar o contacto de pessoas infetadas e aumentar a consciencialização da população sobre os riscos da doença são outras das medidas.
As recomendações vão também no sentido de reduzir o risco de transmissão do animal para o homem, "isto é, também evitar o consumo de carne de animais selvagens, sobretudo nas áreas florestais ou nas áreas que consomem carnes de caça", indicou.