Nyusi pede "atenção acrescida" na defesa dos projetos de gás
20 de janeiro de 2021Falando na tomada de posse do novo chefe do Estado Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Eugénio Mussa, e do vice-chefe, Bartolino Capitine, o Presidente salientou que um dos desafios dos militares é "defender com garra todas as infraestruturas e projetos económicos em curso ou a ser desenvolvidos em todo o território nacional, olhando com uma atenção acrescida aos que ocorrem na península de Afungi".
A zona, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, acolhe o maior projeto de investimento privado no continente africano destinado à exploração de gás natural.
"Os recursos naturais africanos têm sido alvo de uma pilhagem sistemática, sendo Moçambique parte deste continente, vê-se hoje mergulhado em ataques terroristas com o mesmo objetivo de pilhar as riquezas nacionais", enfatizou Filipe Nyusi.
Os recursos naturais que deveriam ser uma salvação para o continente são hoje uma maldição, continuou.
O Presidente moçambicano apontou igualmente os ataques armados protagonizados pela Junta Militar, uma dissidência armada da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o principal partido da oposição, como outro desafio para a nova direção das FADM.
Os ataques armados da Junta Militar "são algumas dessas ameaças que urge continuar a responder com cada vez maior contundência e eficácia combativa", destacou.
O chefe e o vice-chefe do Estado Maior General, prosseguiu, devem assegurar a criação de condições logísticas necessárias à eficácia das operações das FADM no combate à violência armada no norte e centro do país.
Eugénio Mussa substitui no cargo Lázaro Menete e Bertolino Capitine vai ocupar o lugar de Raúl Dique.
Lázaro Menete e Raúl Dique saem dos cargos de chefe do Estado Maior General e de vice-chefe pouco mais de três anos após terem assumido as funções.