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Petrolífera vai reunir-se com governantes moçambicanos

Lusa
2 de novembro de 2021

O presidente da divisão de perfuração e extração da Exxon Mobil vai encontrar-se esta semana com autoridades em Maputo. A reunião vem no seguimento de a empresa norte-americana ter assegurado a sua presença no país.

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Plataforma de exploração petrolífera (Foto simbólica)Foto: CLAUS FISKER/SCANPIX/EPA/dpa/picture alliance

Liam Mallon pretende encontrar-se com dirigentes do setor de recursos minerais e energia entre quinta (04.11) e sexta-feira (05.11), de acordo com fonte do Executivo moçambicano. Há ainda a possibilidade de este ser recebido pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

Mallon lidera a Exxon Mobil Upstream Oil & Gas Company, tendo já liderado outras áreas da companhia, como a divisão de África.

Darren Woods, o presidente executivo da Exxon Mobil, já tinha afirmado que a companhia continua empenhada no projeto de exploração de gás natural em Moçambique, apesar do atraso nos prazos estabelecidos, como a decisão final de investimento (DFI) do projeto de liquefação de gás natural em terra, em Afungi. Este último refere-se ao momento a partir do qual esta deliberação é praticamente irreversível.

"Eu não colocaria grande fé nos rumores de mercado que se ouvem", afirmou Woods durante uma conferência com analistas, segundo a agência de notícias Bloomberg. A afirmação veio no seguimento de uma notícia por parte do Wall Street Journal que apontava para uma reavaliação do projeto por parte da administração da petrolífera devido a preocupações ambientais e de retorno financeiro. "Há muitas pessoas a falar e maior parte não tem um bom entendimento das discussões que estamos a ter", completou.

Produção a partir de 2022

A Exxon Mobil faz parte do consórcio da Área 4 da bacia do Rovuma. Planeia-se que a plataforma flutuante da petrolífera comece a produzir gás natural liquefeito a partir de 2022. É previsto que o volume de produção da mesma equivalha a três milhões de toneladas por ano (mtpa), ou seja, 10% do total da produção prevista, se considerados os outros dois projetos de liquefação em terra (12,88 mtpa da Área 1 da Totalenergies e 15,2 mtpa da Área 4 que junta a Exxon e ENI).

Devido à insurgência armada que afeta Cabo Delgado desde 2017, as operações de exploração de gás da Área 1 estão suspensas por tempo indeterminado. Uma vez concretizados, estima-se que os projetos de gás valham, em conjunto, cerca de 50 mil milhões de dólares (42,5 mil milhões de euros) de investimento na bacia do Rovuma, ao longo da província de Cabo Delgado.

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