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Plano anunciado: Vacinação prestes a arrancar em Moçambique

gcs | Lusa
5 de março de 2021

A espera chegou ao fim. O ministro da Saúde de Moçambique, Armindo Tiago, apresentou o plano de vacinação contra a Covid-19. Vacinação começa na segunda-feira.

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Foto: Martin Mejia/AP Photo/picture alliance

Até 2022, Moçambique pretende vacinar 17 milhões de pessoas contra a Covid-19. Os primeiros a receberem a vacina serão não só os profissionais de saúde, como também idosos que vivem em lares e auxiliares que trabalhem nestas instituições, bem como as Forças de Defesa e Segurança e pacientes com diabetes Mellitus.

De acordo com o plano de vacinação apresentado esta sexta-feira (05.03) pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago, na segunda fase, a prioridade será para doentes com diabetes não abrangidos na fase anterior, reclusos e funcionários das prisões, além das populações residentes em centros de acolhimento e pessoas a viver nas zonas urbanas, com mais de 50 anos.

Armindo Tiago
Ministro da Saúde moçambicano, Armindo TiagoFoto: Roberto Paquete/DW

A terceira e a quarta fases abrangerão as restantes pessoas em centros de acolhimento, não vacinadas até então, além de moradores de comunidades rurais com mais de 50 anos e, por último, todos os outros cidadãos, exceto menores de 15 anos e mulheres grávidas. 

A vacinação arranca na segunda-feira (08.03).

"Este processo todo deverá exigir não só os esforços do Governo, como também dos parceiros de cooperação. Vacinar o povo é uma responsabilidade de todos nós", afirmou Armindo Tiago durante a apresentação oficial do plano em Maputo.

À espera de mais vacinas

O orçamento alocado para a campanha de vacinação é de 1,9 mil milhões de meticais (cerca de 21 milhões de euros). O montante será usado para adquirir e distribuir todas as doses necessárias, supervisionar o processo e capacitar os profissionais que irão administrar as vacinas.

As primeiras 200 mil doses, doadas pela China, chegaram a 24 de fevereiro a Moçambique. Cerca de 60% deste lote é destinado aos profissionais de saúde que estão na linha da frente do combate à pandemia.

Mosambik Maputo Covid-19 Impfstoff
Chegada das primeiras doses da vacina, a 24 de fevereiroFoto: Romeu da Silva/DW

A demora na apresentação do plano de vacinação foi criticada por médicos e organizações da sociedade civil. Borges Nhamire, do Centro de Integridade Pública (CIP), disse recentemente à DW que o Executivo de Filipe Nyusi estava a "empurrar o assunto das vacinas com a barriga" até que aparecessem doadores.

O Executivo garantiu que está a envidar esforços para obter mais doses para Moçambique, que também aguarda pela sua parte no âmbito do mecanismo internacional Covax.

"Vamos explorar todas as opções de vacinas disponíveis, quer através de mecanismos bilaterais, quer multilaterais", assegurou esta sexta-feira a diretora nacional adjunta da Saúde, Benigna Matsinhe.

Desde o início da pandemia, o país já registou mais de 61 mil infeções com coronavírus e 680 mortes.

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