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PR português recusa associar visita às eleições em Angola

Lusa
27 de novembro de 2021

Na capital angolana para participar da Bienal de Luanda, Marcelo Rebelo de Sousa disse que não pretende imiscuir-se nos assuntos internos e eleitorais de Angola. Chefe de Estado vai ter encontro com João Lourenço.

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João Lourenço, Presidente de Angola, e Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente de Portugal
Imagem de visita de João Lourenço a Portugal em 2018Foto: Reuters/R. Marchante

O Presidente português afastou este sábado (27.11) qualquer hipótese de interferir na vida política angolana, garantindo que a sua deslocação a Luanda este fim de semana em nada está relacionada com as presidenciais do próximo ano.

"Venho [a Luanda] convidado pelo Presidente da República de Angola e venho para uma reunião que é multilateral", disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, minutos antes de seguir para a Bienal de Luanda 2021 - Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz.

O chefe de Estado tinha sido questionado sobre se haveria encontros partidários, uma vez que a visita que realiza até este domingo antecede os congressos da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), de 2 a 4 de dezembro, e do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), entre 9 e 11 de dezembro.

Encontro com João Lourenço

No programa do Presidente português está um encontro com o homólogo angolano, João Lourenço. Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que "é possível que haja, no meio da reunião, oportunidade de trocar algumas impressões" sobre o sufrágio do próximo ano em Angola.

No entanto, "não é, propriamente, um encontro específico" e Marcelo Rebelo de Sousa recusou a "introdução de qualquer fator de discriminação em qualquer período eleitoral".

"Não devo imiscuir-me na vida interna dos vários países", sublinhou. "Não tenho agendado isso, porque pensei que isso seria uma forma de intervir num período que é um período longo, mas é, obviamente, pré-eleitoral."

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