Presidente angolano faz remodelação na EPAL
21 de maio de 2019O chefe de Estado angolano, João Lourenço, exonerou o presidente do Conselho de Administração da Empresa Pública de Águas (EPAL-EP), Diógenes Orsini Flores Diogo.
Com Flores Diogo saíram também os administradores executivos Pedro Manuel Sebastião, Ana Eduarda Assis de Almeida e Adão Manuel da Silva, além do administrador não executivo Domingos António Candeia.
Só dois administradores ficaram em funções, segundo uma nota da Casa Civil divulgada na segunda-feira (20.05): Manuel Silva Lopes da Cruz (administrador executivo) e Armando João (administrador não executivo).
Diógenes Orsini Flores Diogo será substituído na chefia do Conselho de Administração por Fernando João Cunha, de acordo com o decreto presidencial.
Greve na EPAL
A remodelação na empresa pública ocorre quase dois meses depois de os trabalhadores decretarem uma greve, a 28 de março. Os grevistas exigem um aumento do salário base de 40 mil kwanzas (mais de 100 euros) para 100 mil kwanzas (mais de 300 euros), mas as negociações com a administração da EPAL foram suspensas.
Desde que a greve começou, corre nas torneiras de Luanda água imprópria para consumo.
Em entrevista à DW na semana passada, António Martins, 1º secretário da comissão sindical da EPAL, garantiu que o problema não tem a ver com a paralisação: "Não há produtos químicos", afirmou, "e, ainda que os trabalhadores estivessem lá a exercer a sua atividade, sem produtos químicos ficaria difícil resolver essa situação".