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RDC: Ex-ministro detido por desvio de fundos do ébola

Lusa
14 de setembro de 2019

Antigo ministro Oly Ilunga foi detido este sábado (14.09) em Kinshasa por suspeitas de desvio de fundos para a luta contra o ébola. Ex-governante preparava-se para fugir para o Congo Brazzaville, segundo a polícia.

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Oly Ilunga em Genebra, após um encontro promovido pela ONU sobre o ébola, em julho.Foto: AFP/Getty Images/F. Coffrini

O ex-ministro da Saúde Oly Ilunga foi detido em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, e vai ser presente ao Ministério Público na segunda-feira, por suspeitas de desviar fundos destinados à luta contra o vírus do ébola.

"Ilunga foi detido. A polícia teve ordens para o acompanhar sob escolta até à cadeia. Na segunda-feira será presente ao procurador geral do Tribunal de Cassação", afirmou o porta-voz da polícia, coronel Pierrot-Rombaut Mwanamputu, numa mensagem enviada à agência France Presse.

Alvo de uma investigação criminal, Oly Ilungu tinha sido detido no final de agosto e proibido de abandonar a RDC, mas a polícia considerou que não havia risco de fuga.

Contudo, adiantou o coronel, a polícia recebeu informações de que Ilungu "tinha desaparecido e que tinha intenções de ir para o Congo Brazzaville para evitar ações judiciais".

Desconfiança e insegurança

Este sábado, o ex-ministro, que renunciou ao cargo a 22 de julho, foi detido quando estava escondido num apartamento em Kinshasa e, segundo a polícia, se preparava para fugir. A sua detenção está relacionada com má gestão dos fundos atribuídos para o combate do vírus ébola.

O Comité Nacional de Resposta ao Ébola do Congo adianta que estão confirmados mais de três mil casos e cerca de duas mil mortes no leste do país.

Os últimos dados foram divulgados na sexta-feira, após uma reunião entre elementos do comité, a Igreja Católica e a Igreja Anglicana sobre os esforços para ajudar a conter a propagação do ébola nas comunidades. 

A desconfiança dos profissionais de saúde e questões de segurança ainda ameaçam a luta contra o segundo mais mortal surto de ébola na história numa região onde grupos armados lutam há décadas por terras ricas em minerais.

O comité relatou 3.002 casos confirmados de ébola com 1.974 mortes.

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