RDC liberta condenados pelo assassinato de Kabila
8 de janeiro de 2021Os 22 homens, que saíram da prisão sem os uniformes, foram saudados pelas suas famílias e amigos, noticia a agência de notícias AFP.
Entre eles estava o coronel Eddy Kapend, o ajudante de campo do ex-Presidente assassinado, que deixou a prisão num jipe sob escolta.
Uma 23.ª pessoa, um antigo chefe da Agência Nacional de Informações (ANR), Georges Leta, também saiu da prisão, mas não compareceu à cerimónia de libertação por motivo de doença.
Laurent-Désiré Kabila foi assassinado em 16 de janeiro de 2001 no seu gabinete oficial por um dos seus guarda-costas, morto imediatamente após ter disparado sobre o Presidente.
"O Presidente concedeu este perdão por razões puramente humanitárias (...). Este perdão não é um cheque em branco", disse Bernard Takaishe, vice-ministro da Justiça, dirigindo-se aos 22 beneficiários presentes.
E acrescentou: "Que não se encontrem amanhã em situações que os privaram da liberdade", acrescentou ele.
"A graça não apagará os crimes pelos quais foram condenados". Tal medida é "simplesmente porque queremos colocar o país de novo no bom caminho, para trazer uma certa paz ao povo congolês", acrescentou.
No final de dezembro, o Presidente Félix Tshisekedi concedeu um perdão presidencial aos assassinos do antigo Presidente Laurent-Désiré Kabila, pai do seu antecessor Joseph Kabila.
A medida seguiu-se à decisão do chefe de Estado de 06 de dezembro de pôr fim à coligação que formou com o seu antecessor Joseph Kabila, que ainda detém uma maioria no Parlamento.