Reino Unido equaciona atacar houthis no Mar Vermelho
1 de janeiro de 2024O ministro da Defesa britânico, Grant Shapps, afirmou que o seu governo não vai hesitar em tomar "ações diretas" para evitar novos ataques.
A posição do Reino Unido surge numa altura em que surgem informações de que britânicos e norte-americanos estariam a preparar uma ação conjunta para emitir um aviso final ao grupo iemenita, de acordo com a agência de notícias alemã DPA.
Em declarações ao jornal britânico 'The Telegraph', Shapps afirmou que o Reino Unido "não hesitará em tomar novas medidas para dissuadir as ameaças à liberdade de navegação no Mar Vermelho".
"Os houthis não devem ser mal compreendidos -- estamos empenhados em responsabilizar os malfeitores pelas apreensões e ataques ilegais", disse o governante.
A marinha norte-americana afundou três embarcações pertencentes aos rebeldes houthis do Iémen, que tinham atacado um navio porta-contentores dinamarquês no Mar Vermelho.
Duas fontes do porto iemenita de Hodeida, controlado pelos houthis, disseram que dez rebeldes houthis foram mortos no bombardeamento.
Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, após o sangrento ataque do movimento islamita palestiniano em território israelita a 07 de outubro, os houthis intensificaram os seus ataques no Mar Vermelho contra navios que consideram "ligados a Israel", em solidariedade com o território palestiniano bombardeado e sitiado pelo exército israelita.
O Maersk Hangzhou, um navio porta-contentores com bandeira de Singapura, pertencente à transportadora dinamarquesa Maersk, foi vítima da "23.ª tentativa de ataque dos houthis contra navios internacionais desde 19 de outubro", afirmou o Centcom.
Os Estados Unidos são o principal aliado de Israel e, juntamente com outros países, patrulham o Mar Vermelho, uma zona estratégica do globo, no âmbito de uma coligação internacional para proteger o tráfego marítimo dos ataques dos houthis.