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Rússia promete resposta à instalação de mísseis na Alemanha

DW (Deutsche Welle) | DPA | AFP | Lusa
11 de julho de 2024

A Rússia está a planear a sua resposta depois de anunciado que os EUA vão instalar mísseis de longo alcance na Alemanha. Moscovo reage assim ao anúncio dos aliados da NATO, que considera uma ameaça à segurança do país.

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Líderes da NATO fotografados em frente à Casa Branca
Líderes da NATO fotografados em frente à Casa BrancaFoto: Ken Cedeno/REUTERS

"A natureza da nossa resposta será determinada com calma e profissionalismo. As Forças Armadas, sem dúvida, já tomaram esta mensagem em consideração", afirmou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, citado pela agência noticiosa estatal russa RIA.

"Iremos, naturalmente, analisar os sistemas específicos que estão a ser discutidos", disse Ryabkov.

Numa declaração emitida à margem da cimeira da NATO, na quarta-feira (10.07), em Washington, os EUA e a Alemanha afirmaram que os "destacamentos episódicos" são uma preparação para a instalação a longo prazo de tais capacidades.

Estas capacidades incluem SM-6, Tomahawk e armas hipersónicas em desenvolvimento com maior alcance do que as actuais capacidades na Europa.

"Estas ações têm como principal objetivo prejudicar a segurança do nosso país, independentemente do facto de as possibilidades de futuras negociações sobre o controlo de armas aumentarem em resultado disso ou de não darem em nada e passarem a ser negativas", afirmou Ryabkov, citado pela RIA.

O porta-voz da Presidência da Rússia prometeu que a declaração de Washington vai suscitar medidas eficazes, mas não especificou quando é que essas "medidas" vão ser tomadas nem qual a natureza da posição da Rússia.

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"NATO é um instrumento de confrontação"

"Constatamos que os nossos adversários na Europa e nos Estados Unidos não são partidários do diálogo. E, a julgar pelos documentos adotados na cimeira da NATO, não são partidários da paz", disse Peskov.

 "A Aliança é um instrumento de confrontação, não de paz e segurança", acrescentou. "Desde o início, dissemos que a expansão da NATO para a Ucrânia representava uma ameaça inaceitável para nós. Agora vemos a NATO a adotar um documento que diz que a Ucrânia vai definitivamente aderir à NATO", acusou Peskov.

Os 32 membros da NATO declararam ontem formalmente que a Ucrânia está num caminho irreversível para se tornar membro da aliança militar ocidental, oferecendo uma garantia de proteção mais simples, mas mais vinculativa, quando a guerra com a Rússia terminar.

Os países membros da NATO, individualmente e na declaração conjunta da cimeira em Washington, anunciaram uma série de medidas destinadas a reforçar as defesas da Ucrânia. 

Os Estados Unidos, os Países Baixos e a Dinamarca anunciaram que os primeiros F-16 fornecidos pela NATO vão ser pilotados pelos militares ucranianos até ao verão.

Portugal vai aumentar o investimento em defesa em 2029 para seis mil milhões de euros, de forma a atingir os 2% do Produto Interno Bruto (PIB) acordados com a NATO.

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