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Sociedade civil acusa Sissoco de querer adiar eleições

Lusa
29 de outubro de 2024

Movimento que junta 30 organizações guineenses da sociedade civil "rejeita pseudo iniciativa de diálogo do Presidente "que visa adiar as eleições".

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Assembleia de voto da Guiné-Bissau, eleições legislativas, 2023
Eleições legislativas na Guiné-Bissau estão agendadas para 24 de novembroFoto: Darcicio Barbosa/AP/picture alliance

O Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil acusou, esta terça-feira (29.10), o Presidente da Guiné-Bissau de pretender adiar as eleições legislativas marcadas para 24 de novembro com o que classifica de "pseudo iniciativa de diálogo". 

O movimento que junta 30 organizações guineenses da sociedade civil expressou, em comunicado, que "rejeita e denuncia vigorosamente, a pseudo iniciativa de diálogo que visa tão simplesmente adiar `sine die´ as eleições".

As organizações referem-se aos pedidos de diálogo feitos por outros movimentos ultimamente e à auscultação que o Presidente Umaro Sissoco Embalótem feito às forças políticas guineenses, a menos de um mês da data marcada para o ato eleitoral.

Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau
Foto: DW

A iniciativa, consideram, tem como propósito "selar os interesses políticos inconfessos e absolutamente alheios às aspirações do povo guineense", assim como "adiar o direito soberano" dos cidadãos de decidirem sobre o seu futuro através de eleições.

"Situação explosiva"

O Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil exige "a rápida devolução da palavra ao povo guineense" e alerta para o que classifica como "a situação explosiva".

Aponta em concreto "a degradação" de serviços básicos, órgãos de soberania "sequestrados e amordaçados", a "confiscação de direitos" como manifestação e a insegurança alimentar, sobretudo das populações das zonas rurais.

O Presidente da República da Guiné-Bissau marcou novas eleições legislativas para 24 de novembro, mas, a menos de um mês da data, ainda não foram confirmadas as candidaturas pelo tribunal, nem está no terreno a logística necessária ao processo eleitoral.

Questionado frequentemente sobre o assunto, o Presidente diz que as eleições são responsabilidade do Governo, que ainda não se pronunciou sobre o processo.

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