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ConflitosSudão

Sudão: União Africana enviará emissário para a crise

Lusa
14 de novembro de 2021

Comissão da União Africana anunciou que enviará "num futuro muito próximo" um emissário ao Sudão para encorajar as partes interessadas a alcançar "urgentemente" uma solução política para esta nova crise no país.

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Sudan Khartum | Proteste gegen Militärregierung
Foto: AFP/Getty Images

Num comunicado divulgado este domingo (14.11), Moussa Faki Mahamat refere que continua a acompanhar a evolução política no Sudão, nomeadamente após a tomada do poder pelos militares, em 25 de outubro de 2021, e, "em particular, a recente nomeação de um novo Conselho Soberano".

O presidente da Comissão da UA lamenta que os atores políticos "ainda estejam longe de chegar a um consenso sobre uma transição democrática, não respondendo assim às aspirações do povo do Sudão", em conformidade com o Conselho de Paz e Segurança da UA, na sua reunião de 26 de outubro de 2021.

Moussa Faki Mahamat reiterou os seus apelos às autoridades militares do Sudão para que "se empenhem sem mais demora num processo político conducente ao regresso da ordem constitucional", de acordo com o Decreto Constitucional acordado em agosto de 2019 e com o Acordo de Juba para a Paz no Sudão, de 03 de outubro de 2020.

Äthiopien Eröffnung des Gipfeltreffens der Afrikanischen Union in Addis Abeba | Moussa Faki Mahamat
Moussa Faki MahamatFoto: Giscard Kusema/Press Office Presidency of DRC

E anunciou que enviará um emissário ao Sudão, "num futuro muito próximo", conforme solicitado pelo Conselho de Paz e Segurança da UA, "para encorajar todas as partes interessadas a alcançar urgentemente uma solução política para esta nova crise no país".

Em 25 de outubro, os militares dissolveram o Governo de transição do Sudão e prenderam mais de 100 funcionários do Governo, líderes políticos e um grande número de manifestantes e ativistas.

O Sudão tem estado no meio de uma frágil transição para a democracia desde que uma revolta popular forçou os militares a retirar o autocrata de longa data Omar al-Bashir e o seu Governo islâmico em abril de 2019.

Durante semanas antes do golpe de Estado, tinham aumentado as tensões entre os líderes militares e civis sobre o ritmo da transição.

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