São Tomé e Príncipe sai da lista negra de branqueamento de capitais
Em 2007, São Tomé e Príncipe constava da lista negra do Grupo de Acão financeira internacional (GAFI). Com apoio das instituições do acordo de Bretton Woods, nomeadamente o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, várias reformas foram feitas às leis de combate a branqueamento de capitais, para travar a entrada de dinheiro de traficantes de droga e financiamento ao terrorismo nos bancos que operam na praça financeira são-tomense.
Passados quatro anos, o GAFI decidiu retirar o arquipélago da sua lista negra. A decisão foi tomada num plenário da organização que decorreu em Paris, entre 14 e 18 de outubro. Hélio de Almeida, ministro do Plano e Finanças de São Tomé e Príncipe, congratulou-se com a decisão mas lembrou que há agora uma "maior responsabilidade, porque sair da lista negra é um processo extremamente difícil mas voltar é algo que acontece com a maior rapidez possível". "Temos que evitar que isso aconteça. Estamos de parabéns", afirmou o ministro são-tomense.
Combate ao branqueamento tem de continuar
São Tomé e Príncipe deixa de ser um país de risco em matéria de branqueamento de capitais, uma conquista que, segundo Hélio de Almeida, obriga o país cumprir com rigor os procedimentos traçados pelo GAFI. "Quer no setor público como no privado, continuarmos a trabalhar juntos para que possamos mostrar ao mundo que São Tomé e Príncipe constitui um destino de investimento credível, onde as regras e procedimentos legalmente instituídos são para ser cumpridos", frisa o governante, acrescentando que "é esta filosofia de trabalho que o governo segue e é por aí que vai continuar a trilhar o caminho do desenvolvimento".
Falando à DW África, o ministro são-tomense considera que o arquipélago tem agora melhores condições de conseguir empréstimos nas instituições financeiras internacionais e de atrair investimento estrangeiro.
"Quando um país tem a conotação de estar numa lista negra em matéria de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo há alguns transtornos para os usuários do sistema financeiro", frisa o governante, explicando ainda que "mesmo ao nível do fornecimento normal há uma maior morosidade".
A avaliação feita em dezembro de 2012 pelo Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e o GAFI à nova lei que reforça a prevenção e combate contra branqueamento de capitais, aprovada no parlamento no ano passado, permitiu a retirada de São Tome e Príncipe da lista negra do Grupo de Ação financeira Internacional.