1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
PolíticaEstados Unidos

Trump assina dezenas de decretos e anula decisões de Biden

rl | com agências | Ashutosh Pandey
21 de janeiro de 2025

Como prometido, o novo Presidente norte-americano, Donald Trump assinou, nas últimas horas, dezenas de ordens executivas, entre as quais a retirada dos EUA da OMS, e revogou cerca de 80 decretos da era do seu antecessor.

https://p.dw.com/p/4pPEo
O Presidente dos EUA, Donald Trump, fala aos jornalistas enquanto assina uma ordem executiva na Sala Oval da Casa Branca, em Washington, a 20 de janeiro de 2025
No dia em que foi tomou posse, Donald Trump assinou várias ordens executivas na Sala Oval da Casa BrancaFoto: Jim Watson/AFP/Getty Images

Na vasta lista de ordens executivas que recebeu o aval de Donald Trump, destacam-se a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o indulto às cerca de 1500 pessoas envolvidas no ataque ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021 e a aplicação de novas tarifas para o Canadá e México, já a partir de fevereiro.

No seu discurso de tomada de posse como Presidente dos Estados Unidos, esta segunda-feira (20.01), Donald Trump não se alongou muito sobre temas relacionados com a política externa, mas "prometeu impor "tarifas e impostos aos países estrangeiros".

É esperado que mais detalhes se sigam já na quinta-feira (23.01), aquando da sua intervenção, por videoconferência, no Fórum de Davos, que arrancou esta segunda-feira (20.01), na Suíça.

Aguardado discurso em Davos

Vários especialistas concordam que o regresso de Trump à Casa Branca deverá centrar todas as atenções deste encontro, que junta cerca de 60 chefes de Estado e de governo e 900 líderes de grandes empresas. 

Borge Brende, presidente do Fórum de Davos, disse esta segunda-feira que a intervenção de Donald Trump "será um momento muito especial, na medida em que se poderá saber mais sobre as prioridades políticas da sua administração".

Poderá a NATO sobreviver sem os Estados Unidos?

Brende acrescenta que o Fórum de Davos decorre no "cenário geopolítico mais complicado" das últimas gerações. "Se olharmos para a primeira administração de Trump, vemos que o comércio cresceu e o investimento aumentou. Mas agora o cenário  mudou. Em breve, poderá haver mais tarifas e alterações nas cadeias de abastecimento", destaca.

Relações com China e Alemanha

Donald Trump tem afirmado repetidamente que irá impor tarifas de 10%-20% sobre todos os bens que entram nos EUA. No caso da China, estas tarifas poderiam chegar aos 60%.

Ontem, em reação à chegada de Trump ao poder, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim, Mao Ning, garantiu que o país está disposto a trabalhar com o novo governo dos EUA de forma a que esta "nova era" beneficie ambos.

"A China e os Estados Unidos beneficiarão com a cooperação e perderão com o confronto, que é o que a história do desenvolvimento das relações sino-americanas nos diz. Sempre acreditámos que uma relação sino-americana estável, saudável e sustentável é do interesse comum dos dois países e das expectativas da comunidade internacional", afirmou.

Outro dos países que sairá bastante prejudicado com o aumento das taxas nos Estados Unidos é a Alemanha. Sem se referir a esta medida em concreto, o chanceler alemão Olaf Scholz sublinhou ontem a importância das relações transatlânticas.

"Estas relações transatlânticas são da maior importância para nós. Os Estados Unidos são o país mais poderoso do mundo. São a democracia mais poderosa do mundo e são nossos aliados", destacou Scholz.

Para quem vão os louros do cessar-fogo na Faixa de Gaza?