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Têxteis "fair trade"

6 de julho de 2012

A indústria têxtil dá trabalho a milhões, mas por vezes o trabalho é muito mal pago e a produção não respeita a saúde, nem o meio ambiente. Mas também há exemplos positivos: a DW África fala de um caso no Quénia.

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Symbolbild Afrika BaumwollernteFoto: picture-alliance/David Reed/Impact Photos

No Quénia existem alguns produtores que - em cooperação com parceiros europeus - produzem têxteis de qualidade, pagam bem os seus trabalhadores e exportam com êxito para a Europa.

Em Nairobi, capital do Quénia, existe uma empresa têxtil fundada por dois empresários alemães, chamada  "Kiboko". Trata-se da única empresa têxtil do país, que exibe - e com orgulho - o carimbo de aprovação da organização "fair trade", portanto do comércio justo. A matéria prima - algodão ecológico - provém da Tanzânia. Os trabalhadores trabalham cinco dias por semana e não seis, como é habitual no Quénia. Os seus salarários são também muito superiores à média. Os artigos aqui produzidos são, na sua grande parte, exportados para a Alemanha.

Alemães preferem roupas ecológicas e produzidas de forma justa

Cada vez mais consumidores alemães querem identificar-se com as suas roupas, querem saber, quem as produziu, com que material, e se foram produzidas em condições humanas. Um exemplo é a marca alemã de roupa "Recolution" que se dirige a uma público jovem.

Roupa da marca "Recolution", uma marca "fair trade", fundada por um jovem alemão, que importa os artigos do Quénia
Roupa da marca "Recolution", uma marca "fair trade", fundada por um jovem alemão, que importa os artigos do QuéniaFoto: DW

O fundador da marca, um estudante universitário de nome Robert Diekmann, explica que a produção de têxteis, hoje em dia, normalmente não obedece minimamente às exigências ecológicas e sociais, começando pela própria matéria prima: na maior partre dos casos o algodão é tratado com pesticidas, fungicidas e fertilizantes químicos. Os solos ficam contaminados. A saúde das populações rurais é posta em perigo e, por vezes, o próprio cliente final também sofre as consequências, pois muitos têxteis não biológicos contêm substâncias nocivas. 

Tudo isso são razões para recorrer a produtos com o carimbo da "fair trade", comércio justo. E é isso o que fazem cada vez mais consumidores na Europa e também na Alemanha.

Um Contraste apresentado por António Cascais.

Autor: António Cascais
Edição: António Rocha



 

Têxteis "fair trade", made in África