"Acordo histórico" para corredores humanitários a refugiados
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Última atualização às 20:24 (UTC - Tempo Universal Coordenado)
Uma semana após o início da invasão russa à Ucrânia, Kiev e Moscovo acordaram na criação de corredores humanitários para tirar os civis das zonas de guerra, segundo fontes ucranianas.
Este foi o único resultado da segunda ronda de conversações entre os países, disse o negociador ucraniano Mychailo Podolyak na rede social Twitter, depois de terminarem as conversações na fronteira bielorrusso-polaca.
Também na tarde desta quinta-feira (03.03), a União Europeia (UE) tomou uma decisão histórica. A "UE dará proteção temporária a quem foge da guerra na Ucrânia", anunciou a comissária europeia da tutela, Ylva Johansson, também numa publicação na rede social Twitter.
Naquela plataforma, em representação da presidência francesa do Conselho da UE, o ministro francês Gérald Darmanin falou num "acordo histórico".
"A União Europeia está unida para salvar vidas", adiantaram Ylva Johansson e Gérald Darmanin.
Na reunião extraordinária de hoje, os ministros dos Assuntos Internos da UE deram aval à proposta apresentada na quarta-feira (02.03) pela Comissão Europeia de ativação da diretiva que permite conceder proteção temporária a refugiados, dirigida aos ucranianos que fogem da invasão russa, bem como de criação de "corredores" de emergência em controlos transfronteiriços.
Nesta quinta-feira, o chanceler alemão Olaf Scholz apelou a um cessar-fogo na Ucrânia durante o programa televisivo "Maybrit Illner" e disse que as sanções contra Moscovo estavam a ter impacto.
Ao mesmo tempo, declarou que a "mudança de regime" para derrubar o Presidente russo Vladimir Putin não é uma opção em cima da mesa.
Por sua vez, o EUA anunciaram novas sanções dirigidas aos oligarcas russos e ao porta-voz do Presidente russo Vladimir Putin, Dmitry Peskov. Dezenove oligarcas foram visados no total, juntamente com os seus familiares.
Também hoje, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu conversações diretas com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, dizendo, em sua mensagem: "Eu não mordo. Do que é que tens medo?".