Ucrânia: Vários mortos em bombardeamento em Kiev
10 de outubro de 2022Fortes explosões foram ouvidas nesta segunda-feira (10.10) no centro de Kiev. Várias pessoas morreram no bombardeamento no centro da capital ucraniana, segundo a porta-voz do Departamento de Situações de Emergência de Kiev, Svitlana Vodolaga, citada pela agência de notícias Ukrinform.
As explosões ocorreram cerca das 08:15 (06:15 em Lisboa), tendo sido antecedidas pelos alarmes antiaéreos, durante várias dezenas de minutos. Os ataques acontecem após meses de relativa calma na capital ucraniana.
"Há mortos, há feridos. Teremos mais detalhes depois. Quantos, ainda não posso dizer, porque ainda está a ser apurado", informou Vodolaga.
De acordo com o jornal Kyiv Independent, houve pelo menos quatro explosões no centro da capital ucraniana hoje de manhã e nuvens de fumo são visíveis no centro da cidade.
O prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko, falou sobre as explosões no distrito de Shevchenkiv, confirmando, através da rede social Telegram, que houve várias explosões e que os serviços de emergência foram enviados para os locais afetados.
Esta é aprimeira vez que a capital ucraniana é bombardeada desde junho passado.
O bombardeamento de Kiev ocorre num dia de ataques aéreos contra várias cidades ucranianas.
De manhã registou-se o terceiro bombardeamento em cinco dias contra a cidade de Zaporijia (sul), no qual, segundo alguns meios de comunicação, uma pessoa morreu.
Ataques aéreos contra várias cidades
Os media ucranianos também relatam várias explosões de mísseis na cidade de Dnipro, bem como ataques a Zhytomyr, perto de Kiev, em Khmelnytskyi, mais a leste, na margem do rio Bug do sul, e Ternopil (a leste, nas margens do rio Seret).
De acordo com o jornal independente de Kiev, que cita o governador Vitaliy Kim, um total de dez mísseis S-300 caíram sobre a cidade de Myukolaiv, sem vítimas relatadas até agora.
No sábado passado, a forte explosão de um camião provocou um incêndio em sete tanques de combustível de um comboio que se deslocava em direção à península da Crimeia, danificando a ponte que liga aquela península ocupada pela Rússia desde 2014, numa situação que Moscovo interpretou como "um ato de terrorismo" ucraniano".