Ucrânia: Zelensky quer retirar todas as pessoas em Mariupol
4 de maio de 2022Numa declaração divulgada na internet, na noite de terça-feira (03.05) , Volodymyr Zelensky afirmou que 156 civis foram retirados da cidade portuária de Mariupol e já chegaram a Zaporijia, cidade sob controlo da Ucrânia, a 230 quilómetros a noroeste.
Zelensky agradeceu o esforço de todos os que participaram na operação e garantiu que continua a ser feito "tudo o que é possível para retirar civis de Mariupol e Azovstal".
"É difícil. Mas precisamos de todos os que ali estão: civis e militares", sublinhou o chefe de Estado.
Uma nova operação de retirada está prevista para esta quarta-feira, "se a situação de segurança o permitir", disse na terça-feira a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Verechtchuk.
Na terça-feira, as forças russas lançaram pela primeira vez um ataque com tanques e infantaria contra o complexo siderúrgico de Azovstal, último foco de resistência ucraniana em Mariupol, enquanto a UE prepara um embargo contra o petróleo russo.
Também a ONU anunciou, na terça-feira, que tinha conseguido retirar mais de uma centena de civis de Azovstal, onde permanecem ainda dezenas de pessoas presas nas galerias subterrâneas do enorme complexo.
UE revê sanções contra a Rússia
O secretário-geral da ONU, António Guterres, já pediu "mais intervalos humanitários", à semelhança do modelo adotado na retirada de civis de Azovstal, mas sem especificar localizações.
A UE prepara-se para lançar esta quarta-feira uma revisão das novas sanções contra Moscovo, incluindo um embargo ao petróleo e aos produtos petrolíferos comprados à Rússia. Uma medida que levanta reservas entre alguns países da UE, que dependem fortemente do fornecimento russo, disseram à AFP vários funcionários e diplomatas europeus.
A Comissão Europeia propõe uma paragem gradual nas compras, durante um período de seis a oito meses, até ao final de 2022, com isenção para a Hungria e a Eslováquia, países sem litoral e dependentes das entregas russas através do oleoduto de Druzhba.