UE preparada para colaborar com a Guiné-Bissau
28 de abril de 2018A União Europeia (UE) referiu este sábado (28.04) estar "pronta" para colaborar com a Guiné-Bissau na organização das eleições legislativas "transparentes e inclusivas".
Num comunicado divulgado à imprensa, a porta-voz da representante para a Política Externa da UE, Federica Mogherini, diz que a nomeação de um Governo inclusivo e de um primeiro-ministro de consenso "são passos importantes para o restabelecimento do normal funcionamento das instituições".
"Encorajamos todas as partes a comprometerem-se com a nova oportunidade para a recuperação da normalidade democrática, do Estado de Direito e da estabilidade institucional", refere.
Para a UE, é a "hora de consolidar o progresso político e institucional, ter um programa e orçamento para o Governo apresentado e debatido na Assembleia Nacional Popular e iniciar os preparativos para as eleições legislativas", que serão realizadas em 18 de novembro.
A União Europeia também destacou os esforços da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para ultrapassar o impasse político que durava quase três anos.
O consenso político foi alcançado entre os dois principais partidos, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Partido da Renovação Social (PRS), depois de intensas negociações promovidas pela CEDEAO.
Mensagem positiva aos guineenses
O novo Governo de inclusão da Guiné-Bissau tomou posse na última quinta-feira (26.04) com o principal objetivo de organizar as eleições legislativas. A nova equipa governamental é liderada pelo primeiro-ministro, Aristides Gomes, que prometeu cumprir de forma escrupulosa o Acordo de Conacri.
Ao empossar os 26 membros do novo Governo, o Presidente guineense, José Mário Vaz, afirmou que os atores políticos guineenses deram um sinal claro de que ainda querem salvar esta legislatura e renovar a confiança e a esperança da população.
"Com o primeiro-ministro de consenso e o Governo de inclusão, demonstramos ao mundo que somos capazes de respeitar os esforços de ajuda de vários intervenientes e aconselhamentos de amigos da Guiné-Bissau", afirmou José Mário Vaz. "Por isso, considero hoje um dia especial para a Guiné-Bissau e para os guineenses, os irmãos voltaram a dar as mãos e deixaram de lado as diferenças do passado."
O chefe de Estado salientou ainda que a "confiança" depositada no Governo deve ser encarada como "uma missão de trabalho e de resultados concretos".