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Um morto e vários feridos em ataque no centro de Moçambique

Lusa | mjp | as
28 de junho de 2020

Uma criança de 11 anos morreu e quatro pessoas ficaram feridas num novo ataque armado contra um autocarro de passageiros na Estrada Nacional 1, no troço Inchope-Gorongosa, província de Sofala.

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Mosambik Angriff Unbekannter in Mecombezi
Foto: DW/A. Sebastião

Uma criança de 11 anos morreu e quatro pessoas ficaram feridas num novo ataque armado contra um autocarro de passageiros no centro de Moçambique, disseram à agência Lusa testemunhas e autoridades. A criança foi atingida por várias balas e viria a morrer a caminho do hospital distrital de Gondola, para onde tinha sido transferida com outros feridos. 

"Estávamos em aproximação a Inchope e de repente ouvimos tiros. No meio da agitação, eu mesmo percebi que tinha sido alvejado", contou Noémio Gonçalves, um sobrevivente, enquanto recebia cuidados médicos no hospital distrital de Gondola. "Só ouvimos tiros, pouco depois de termos reiniciado a viagem" descreveu à Esmeralda Goliate, outra sobrevivente. 

Homens armados dispararam rajadas de balas contra o autocarro a cinco quilómetros de Inchope, junto à estrada nacional 1 (N1), província de Manica, às 6h00 da manhã deste domingo (28.06). O ataque ocorreu numa área densamente habitada, sem histórico de emboscadas. O autocarro da transportadora Nagi e os passageiros tinham pernoitado na vila da Gorongosa, de onde partiram por volta das 5h00 para completar a viagem de Nampula (norte) para Maputo, capital (sul). 

Segundo o correspondente da DW África na região, um outro ataque terá ocorrido já ao início da tarde, junto ao Rio Pungué, na zona limite entre Nhamatanda e Gorongosa mas, até ao momento, não há informações sobre a existência de vítimas. 

Pelo menos 24 pessoas já foram mortas a tiro desde agosto de 2019 em ataques armados no centro do país atribuídos a guerrilheiros dissidentes da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). Os agressores pertencerão a uma autoproclamada Junta Militar da Renamo, liderada por Mariano Nhongo, ex-dirigente da guerrilha, que contesta o presidente da Renamo, Ossufo Momade, e as condições dos acordos de paz celebrados em 2019. 

Artigo atualizado às 19h45 (CET) de 28 de junho de 2020.

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