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Sissoco defende que é urgente melhorar eficiência da ONU

Lusa
23 de setembro de 2021

Em discurso na Assembleia Geral da ONU, Presidente da Guiné-Bissau defende "reformas necessárias" na organização. Sissoco sugere a criação de sistemas de saúde que garantam a todos o acesso a vacinas contra a Covid-19.

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UN Generalversammlung  Umaro Sissoco Embalo
Foto: Eduardo Munoz/AP/picture alliance

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, defendeu esta quarta-feira (22.09) que é urgente melhorar a eficiência da ONU para revitalizar a organização na sua globalidade. "Num mundo cada vez mais globalizado, a relevância da existência da Organização das Nações Unidas e das suas agências, tornou-se de extrema importância", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado guineense discursou na 76.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, que decorre na sede da ONU, em Nova Iorque.

"Perante esta realidade, é urgente melhorar a eficiência da nossa organização e adotar as necessárias reformas, em todos os seus órgãos, incluindo o Conselho de Segurança, com vista à revitalização do Sistema das Nações Unidas na sua globalidade", disse. Para Umaro Sissoco Embaló, só assim se poderá implementar a agenda 2030, "destinada a promover o desenvolvimento humano em todos os seus aspectos" e promover a "igualdade do género" e o "respeito pelos direitos humanos".

"É preciso apoiar os mais vulneráveis, promover a criação de sistemas de saúde adequados e garantir a todos os países, sem distinção, um acesso rápido e equitativo às vacinas" contra a Covid-19, afirmou.

O Presidente da Guiné-Bissau manifestou também disponibilidade para trabalhar com os vários parceiros de desenvolvimento para encontrar "soluções inovadoras e viáveis face aos atuais desafios da pandemia da Covid-19".

76. Generaldebatte der UN-Vollversammlung
Chefes de Estadoo discursam na Assembleia Geral da ONU, em Nova IorqueFoto: Timothy A. Clary/AP/picture alliance

Alterações climáticas

Sissoco salientou que as alterações climáticas são uma "realidade irrefutável" e que têm impacto e se fazem sentir "com mais frequência" nos Países Insulares em Desenvolvimento, grupo do qual a Guiné-Bissau faz parte.

As alterações climáticas são um "desafio permanente para todos", disse, salientando que a Guiné-Bissau elaborou planos de Adaptação às Alterações Climáticas e aumentou o sistema nacional das áreas protegidas terrestres e marinhas para mais de 26% do território nacional.

Sobre o fim da missão de consolidação de paz da ONU no país, em dezembro de 2020, Umaro Sissoco Embaló agradeceu o apoio dado por todos os parceiros e disse que a Guiné-Bissau está a assumir com os seus "próprios esforços as principais responsabilidades inerentes a um Estado" e a garantir a "estabilidade política e o normal funcionamento das instituições do país".

A Guiné-Bissau está "empenhada na realização concreta de objetivos endógenos, tais como a consolidação da paz no país e na criação de melhores condições de vida para a sua população, dando  uma renovada esperança à sociedade guineense", salientou.

Veja imagens da visita de Umaro Sissoco Embaló a Bruxelas

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