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ConflitosIsrael

União Africana condena "massacre de palestinianos"

Lusa
2 de março de 2024

O presidente da União Africana acusou Israel de um "massacre maciço de palestinianos", após a morte de mais de 100 pessoas durante entrega de ajuda humanitária. Autoridades locais atribuíram ataque aos israelitas.

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Moussa Faki Mahamat
Foto: Monasse Thierry/ANDBZ/ABACA/picture alliance

"O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, condena veementemente o ataque das forças israelitas, que matou e feriu mais de 100 palestinianos que procuravam ajuda humanitária vital", afirmou a União Africana (UA) numa declaração publicada na rede social X (ex-Twitter).

Na declaração, Mahamat apelou para a realização de um inquérito internacional após a trágica distribuição de ajuda humanitária provocada por disparos israelitas.

A tragédia foi criticada amplamente pela comunidade internacional, tendo o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de acordo com agência de notícias turca Anadolu, defendido que o que está a acontecer em Gaza "não é definitivamente uma guerra".

“É uma tentativa de genocídio porque mesmo a guerra tem moralidade, normas e leis que devem ser seguidas”, frisou, sustentando que Israel está a cometer barbárie com ataques contra hospitais, igrejas, mesquitas, escolas, universidades, ambulâncias, bem como campos de refugiados ou mesmo “filas para receber ajuda alimentar”.

Gaza
Trajédia durante entrega de ajuda humanitária foi criticada amplamente pela comunidade internacionalFoto: AFP

Israel atribuiu incidente a "fuga desordenada"

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, realçou, em resposta através da rede social X, que Ancara “massacra constantemente os curdos na Turquia e na região”, rejeitando as acusações de genocídio.

"Senhor Erdogan, não somos como você. Estamos a lutar contra o seu cúmplice, o Hamas, a quem você acolheu na Turquia e permitiu que cometesse massacres e homicídios. Você deveria ficar em silêncio e envergonhado!", sublinhou.

As autoridades de Gaza denunciaram um massacre cometido pelo Exército de Israel, acusando-o de atacar civis concentrados junto a uma coluna humanitária.

Também a Autoridade Palestiniana referiu-se a um “atroz massacre” e sublinhou que “é parte integrante da guerra genocida por parte do Governo de ocupação”.

O exército de Israel atribuiu o incidente a uma “fuga desordenada” e limitou a dez as pessoas mortas pelos militares. Publicou ainda um vídeo que demonstra a aglomeração de pessoas junto aos veículos, e quando se agrava a crise humanitária no enclave, em particular na zona norte.

Faixa de Gaza: Situação humanitária continua a deteriorar-se