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Zimbabué: Presidenciais marcadas para 30 de julho

Lusa | Columbus Mavhunga (Harare) | cvt
30 de maio de 2018

Presidente zimbabueano anunciou a data das eleições presidenciais esta quarta-feira. Emmerson Mnangagwa disse também que se vai candidatar à Presidência. Os zimbabueanos que vivem fora do país não poderão votar.

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Foto: picture-alliance/AP Photo/T. Mukwazhi

O chefe de Estado do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, anunciou esta quarta-feira (30.05) a data de 30 de julho para as eleições presidenciais zimbabueanas, cumprindo a promessa de organizar uma votação desde que subiu ao poder, em novembro de 2017.

Mnangagwa, também líder da União Nacional Africana do Zimbabué - Frente Patriótica (ZANU-PF), no poder desde a independência em 1980, garantiu também que irá apresentar-se à votação.

Mnangagwa tornou-se Presidente do Zimbabué após uma intervenção militar do Exército, que pôs cobro ao regime de Robert Mugabe, que liderou o país desde a independência.

Como principal opositor terá Nelson Chamisa, que lidera o Movimento para a Mudança Democrática (MDC, na sigla inglesa), político que sucedeu a Morgan Tsvangirai, líder histórico do partido que morreu em fevereiro vítima de doença prolongada.

Eleitores na diáspora não poderão votar

Além de Chamisa, existem vários outros candidatos de partidos políticos pouco expressivos.

Mnangagwa tem estado a tentar fazer regressar o Zimbabué à cena internacional e declarou que pretende que as eleições presidenciais de julho decorram de forma "livre e transparente", tendo convidado várias organizações internacionais para monitorizar a votação como observadores eleitorais.

Diáspora não poderá votar

Mas não há alegria entre os zimbabueanos que vivem fora do país, pois não poderão participar na votação. Não há números oficiais de zimbabueanos que fugiram do país, citando abusos dos direitos humanos e uma economia em crise como motivo, mas estima-se que haja cinco milhões de cidadãos zimbabueanos a viver no exterior.

Belinda Chinowawa, da organização Advogados Zimbabueanos pelos Direitos Humanos, que representa os cidadãos que vivem na diáspora, disse que acreditava que a Constituição do país fosse agora mais liberal. "Naturalmente estamos muito desiludidos, porque acreditávamos que existisse agora um direito constitucional ao voto para todos os zimbabueanos, independentemente se estão no Zimbabué ou se estão a trabalhar no estrangeiro", reagiu.

Já para o Governo, que argumentou que não tinha fundos para pedir à Comissão Eleitoral do Zimbabué para realizar eleições em todo o mundo, a decisão foi bem-vinda.

*atualizado em 31.05.18

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