Dados pessoais na rede
15 de julho de 2009Mais uma vez, o tratamento dado às informações pessoais de usuários de comunidades virtuais virou assunto na Alemanha. Desta vez, entidades de defesa do consumidor se manifestaram contra o Facebook e outros sites similares e exigiram ajustes nos termos de uso e registro de novos membros.
A crítica foi feita nesta terça-feira (14/07) em Berlim. "Aos sites todos os direitos; para os usuários sobra o ruim: esse parece ser o lema que guia com muita frequência as comunidades virtuais", afirmou o diretor da Federação das Centrais de Defesa do Consumidor (VZBV), Gerd Billen.
"Os sites devem garantir que dados só serão usados com a expressa concordância do usuário", disse a especialista em redes sociais da VZBV, Carola Elbrecht.
As queixas do órgão se voltam contra as plataformas Facebook, MySpace, Lokalisten, Wer-Kennt-Wen e Xing – todas muito populares na Alemanha.
Para Elbrecht, os atuais termos de uso e registro disponibilizados pelas comunidades virtuais confundem os internautas. Depois do rápido clique no "sim", muitos membros não sabem que estão sujeitos a uma série de condições que eventualmente podem lhes causar problemas.
A VZBV exige, por exemplo, que os usuários possam determinar se querem que suas informações sejam localizadas por máquinas de busca, como o Google.
A entidade também critica que alguns site asseguram para si direitos sobre o conteúdo disponibilizado pelos usuários. Isso poderia levar, por exemplo, à comercialização de imagens, como fotos pessoais, inseridas nos sites.
O órgão de defesa do consumidor não fez críticas específicas a uma rede social. O Facebook rebateu as acusações. Uma porta-voz disse que a empresa "leva à sério a proteção de dados e a privacidade dos usuários".
EH/dpa
Revisão: Alexandre Schossler