1935: Fundação dos Alcoólicos Anônimos
O primeiro passo para o consumo de bebidas alcoólicas é fácil, mas lidar com o vício é difícil. Se a publicidade sugere que a vida regada a cerveja, conhaque, champanhe e vinho é um paraíso, a realidade é bem outra. Muitas vezes o caminho para a dependência é curto. Mas as pessoas notam tarde demais que o prazer de beber virou vício e negam que estejam doentes, física e psiquicamente.
O álcool prejudica não só a saúde. Frequentemente, causa problemas no trabalho, a perda de amizades e até a degradação social. É comum o meio social notar que alguém se tornou alcoólatra antes que ele mesmo se dê conta dessa situação. A superação do vício não depende exclusivamente da disciplina e força de vontade, mas também do apoio de terceiros.
A organização de autoajuda Alcóolicos Anônimos (AA), fundada em 1935 nos Estados Unidos, está hoje representada em todos os continentes. Em pequenos grupos, ela dá aos dependentes a possibilidade de trocar experiências, expor suas preocupações e de se encorajar mutuamente.
A maioria das terapias disponíveis restringem-se ao período de um mês, quando então os pacientes voltam à rotina. O risco de recair no vício é grande, visto que um alcoólatra permanece viciado por toda a vida e, quando retoma o contato com a bebida, tende a perder o controle.
O grupo Alcoólicos Anônimos estabeleceu 12 regras que servem como diretriz: o primeiro e mais importante passo é aceitar que se é impotente diante do álcool. Outro papel importante é desempenhado pela fé. Oficialmente, a AA não é uma seita, mas, no Brasil, por exemplo, se autodenomina "irmandade".
As 12 regras baseiam-se em experiências acumuladas na primeira década de existência da organização. Em 1946, os fundadores e outros pioneiros condensaram esses princípios e os publicaram na revista internacional A.A. Grapevine, sob o título As Doze Tradições de Alcoólicos Anônimos. Em 1950, o ideário foi aprovado numa Convenção Internacional da AA, nos Estados Unidos.