Um encontro único entre a maestra Alba Bomfim e o compositor e maestro João Carlos Rocha:
a sinfonieta inédita foi regida durante a homenagem ao Dia da Consciência Negra, na Orquestra Sinfônica da USP (OSUSP), um feito que alimenta a reflexão sobre o momento do negro na sociedade brasileira.
Para o maestro João Carlos Rocha, a música negra é uma resiliência que, por mais alegre que possa ser, é um grito de revolta. Para ele, a sociedade brasileira sofreu um choque e as mudanças sociais colocam a vida dos negros em risco.
Para a maestra Alba, mesmo com os desafios, ser negro e músico no Brasil é um prazer. "Nós fazemos parte de uma história que artisticamente no Brasil a gente não via, onde nós negros, antes, não éramos vistos como protagonistas neste tipo de arte", afirmou a maestra. "Eu posso te dizer: é um desafio ser artista, ser músico, ser regente, maestro, maestra, compositor, no Brasil? Imenso. Mas é muito bom, é muito bom."