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Compensação

23 de março de 2011

Após rejeitar participação nas ações militares na Líbia, governo alemão decide elevar efetivo no Afeganistão para liberar contingentes de outros países, que poderão então atuar contra Muammar Kadafi.

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Avião do tipo Awac usado pela Otan no AfeganistãoFoto: AP

O governo da Alemanha decidiu nesta quarta-feira (23/03) ampliar a presença das suas Forças Armadas no Afeganistão, como forma de liberar soldados da Otan no país asiático e permitir que eles participem das operações contra as tropas de Muammar Kadafi na Líbia.

A Alemanha encontrou assim uma maneira indireta de apoiar a Otan, depois de se abster na votação do Conselho de Segurança que aprovou a missão militar, na semana passada, e de descartar uma participação nas ações militares na Líbia.

O governo alemão decidiu ampliar em 300 o número total de soldados alemães no Afeganistão. Eles participarão dos voos dos aviões Awac, que fazem o patrulhamento do espaço aéreo afegão.

Com a ampliação, a Alemanha terá até 5.300 militares no país asiático, o maior número desde o início da operação, em 2001. Os planos de iniciar a retirada no final de 2011, porém, foram mantidos. A decisão do governo ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento, o que é dado como certo e deve acontecer ainda esta semana.

"É um alívio de fato para a Otan e um sinal político da nossa solidariedade perante a aliança militar, também diante dos acontecimentos na Líbia", afirmou o ministro alemão da Defesa, Thomas de Maizière, à emissora de rádio Deutschlandfunk.

Os Awac são uma adaptação do Boeing 707, com um radar acoplado. Eles podem identificar aviões, navios e outros objetos a uma distância de até 400 quilômetros. A Otan dispõe de 24 aeronaves desse tipo.

AS/dpa/afp
Revisão: Roselaine Wandscheer