Alemanha aprova fusões Shell e DEA, BP e Aral mas impõe condições
26 de dezembro de 2001O Departamento Anticartel da Alemanha aprovou sob condições, logo duas fusões no setor de companhias de petróleo: Shell e DEA, por um lado, e BP e Aral, por outro.
Como expôs o presidente do departamento, Ulf Böge, em Bonn, as quatro companhias, que juntas possuem 6500 postos de gasolina no país, terão que vender 1500 a seus concorrentes ou outros interessados. A restrição é para evitar que elas dominem o mercado, diminuindo sua parcela para menos de 50%.
A fim de garantir o abastecimento dos postos independentes, que não pertencem às redes das companhias, a BP terá que vender sua participação de 45% na refinaria Bayernoil, no sul do país. A Shell, por sua vez, terá que se comprometer a fornecer combustível a condições favoráveis aos compradores de seus postos e aos proprietários dos postos independentes.
Prós e contras
- A Shell manifestou-se satisfeita com a decisão do Departamento Anticartel. "Ela garante a diversidade do mercado. As autoridades se definiram a favor da livre concorrência, o que é bom para o mercado e para os consumidores", comentou Stephan Zieger, da associação do setor.Já o Automóvel Clube da Alemanha criticou a autorização das fusões. Segundo seu porta-voz, a gasolina ficará mais cara para o consumidor. Os preços sempre foram ditados pelos grandes grupos, mas com a fusão da Shell com a DEA e da British Petroleum com a Aral alemã, eles vão ficar mais altos ainda.