Alemanha coloca 80 milhões em ação contra a Suécia
24 de junho de 2006O técnico Jürgen Klinsmann está convicto de que sua equipe consegue vencer a Suécia neste sábado (24/06) às 17h (12h de Brasília ) em Munique e passar às quartas-de-final. "Qualquer outra idéia não tem lugar em nossa cabeça", disse antes do embarque para a capital da Baviera.
Klinsmann ressaltou que sua meta, segundo a qual somente uma passagem pelas semifinais significaria um sucesso para a Alemanha na Copa, não tem nada a ver com seu próprio futuro. "A equipe quer vencer", garantiu. Na condição de azarões, os suecos impõem mais medo à Alemanha do que Costa Rica, Polônia e Equador na primeira fase.
A imprensa refere-se à partida em linguajar de romance policial, espera muito suspense em Munique, teme o atacante Miroslav Klose como goleador impiedoso e deposita suas esperanças no "inspetor Ibrahimovic" como salvador da pátria.
"Está mais do que na hora para um golaço", pede o jornal Dagens Nyheter ao centroavante-estrela da Suécia, que até agora não conseguiu se destacar no torneio. Recuperado de uma contusão, Ibrahimovic deverá jogar. Pelo menos no treino em Bremen antes da partida ele voltou a marcar gols.
As esperadas jogadas geniais Ibrahimovic talvez possam ser inibidas por algo que os escandinavos temem mais do que o instinto goleador de Klose: a onda de entusiasmo da torcida alemã. São 80 milhões em ação. "Um pesadelo", constata o jornal Aftonbladet.
Os suecos, porém, não temem também que o árbitro brasileiro possa "escorregar" sob a pressão da torcida e favorecer a equipe anfitriã. "Não há nenhuma objeção a fazer contra ele", diz o ex-jogador Johan Mjällby, que atuou sob a arbitragem de Simon no jogo Suécia x Inglaterra (1 a 1), na Copa 2002.
O retrospecto favorece os suecos. O saldo dos confrontos entre as duas seleções é 13 vitórias da Suécia contra 12 da Alemanha, além de seis empates. O primeiro jogo entre as duas nações européias foi disputado em 1911, com triunfo alemão por 4 a 2.
O técnico Jürgen Klinsmann vai escalar sua equipe titular contra a Suécia. Metzelder, que foi poupado contra o Equador (3 a 0) por estar pendurado com cartão amarelo , volta ao lugar de Huth na zaga central. A linha de defesa é completada por Friedrich, Mertesacker e Lahm. O meio-campo é formado por Schneider, Frings, o capitão Ballack e Schweinsteiger. Klose e Podolski formam a dupla de ataque.
Na Suécia, Ralf Edström, autor de um golaço na derrota de 4 a 2 para a Alemanha em 1974, espera um melhor desempenho, sobretudo, do atacante Larsso, companheiro de Ronaldinho no Barcelona. "Ele precisa assumir mais responsabilidade do que até agora no torneio."
Uma grande esperança dos escandinavos é que Ljunberg vença o duelo contra o lateral direito alemão Arne Friedrich, considerado "um risco para os alemães", pelo jornal sueco Expressen.
"Esperamos que Ljungberg faça seu jogo. Se tivermos a posse de bola desde cedo, usaremos a velocidade dele para fazer lançamentos nas costas da zaga", diz o técnico sueco Lars Lagerbäck.
Na partida em Munique, que representa um teste para a empolgação com que a Alemanha passou pela primeira fase, não está "apenas" a sua classificação para as quartas-de-final. Do resultado vai depender muito também o humor do país anfitrião até o final da Copa.
"Não podemos ser eliminados, nossa nação é de futebol. Uma derrota nas quartas-de-final seria uma catástrofe",
ALEMANHA x SUÉCIA
Data: 24/06/2006 (sábado)
Horário: 12h (horário de Brasília)
Local: estádio Allianz-Arena, em Munique
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (BRA)
Auxiliares: Edinilson Corona e Aristeu Tavares (BRA)
Alemanha
Lehmann; Friedrich, Metzelder, Mertesacker, Lahm; Schneider, Frings, Ballack, Schweinsteiger; Klose e Podolski
Técnico: Jürgen Klinsmann
Suécia
Isaksson; Alexandersson, Mellberg, Lucic, Edman; Linderoth, Wilhelmsson, Kallstrom, Ljungberg; Ibrahimovic (Allback) e Larsson
Técnico: Lars Lagerbäck