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Viagem alemã à Lua

12 de agosto de 2009

Missão não tripulada ao satélite da Terra custaria 1,5 bilhão de euros à Alemanha e seria lançada em 2015. Coordenador de viagens aeroespaciais diz que decisão deve ser tomada pelo próximo governo.

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Foto: dpa

O coordenador de viagens aeroespaciais do governo alemão, Peter Hintze, apresentou nesta quarta-feira (12/08) o projeto de uma missão não tripulada à Lua para o ano de 2015, ao custo de 1,5 bilhão de euros.

Para Hintze, trata-se de um investimento que trará benefícios científicos à Alemanha. "A Lua é o arquivo do nosso sistema solar", argumentou.

Apenas um ano atrás, um projeto semelhante foi engavetado pelo então ministro alemão da Economia, Michael Glos, com a justificativa de que seria necessário cortar despesas. O custo do projeto arquivado era de 350 milhões de euros.

Hintze disse que a decisão sobre a execução do novo projeto deve ser tomada pelo próximo governo, após as eleições de setembro. Tanto CDU/CSU como FDP, eventuais parceiros de coalizão, já se mostraram favoráveis ao projeto, garantiu Hintze, que é filiado à CDU.

Recursos financeiros

De acordo com o plano apresentado pelo coordenador, um satélite artificial deverá contornar a Lua e uma sonda colocará, no solo lunar, um veículo equipado com um laboratório de pesquisas. O projeto não prevê a participação de astronautas na missão.

Ainda não está claro de onde virão os recursos para financiar a missão espacial. "Mobilizamos 5 bilhões de euros para o bônus ambiental dos automóveis neste ano, então também podemos conseguir 1,5 bilhão dentro de cinco anos", argumentou Hintze.

Segundo ele, uma missão não tripulada à Lua poderia fortalecer a posição da indústria aeroespacial alemã no desenvolvimento de novas tecnologias. Trata-se de um dinheiro bem investido, afirmou Hintze, mesmo reconhecendo que no momento não há recursos disponíveis.

O partido A Esquerda, de oposição, criticou a ideia. "O governo perde toda a credibilidade ao anunciar programas bilionários diante de um cenário de dramática queda na arrecadação de impostos", disse a especialista em questões orçamentárias do partido, Gesine Lötzsch.

AS/dpa/rtr

Revisão: Simone Lopes