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Alemanha registra superávit recorde

9 de fevereiro de 2015

Balança comercial fecha o ano de 2014 com saldo positivo de 217 bilhões de euros, superando a marca anterior de 195,3 bilhões. Exportações tem incremento de 3,7% na comparação anual, o maior desde 2012.

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Foto: picture-alliance/dpa

Apesar das turbulências na zona do euro e da crise com a Rússia, a Alemanha fechou o ano de 2014 com um recorde de superávit comercial, divulgou o Departamento Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis) nesta segunda-feira (09/02).

A balança comercial fechou 2014 com um saldo de 217 bilhões de euros. O recorde anterior havia sido de 195,3 bilhões de euros, em 2007. Em 2003, o país registrou um superávit de 195 bilhões de euros.

No ano como um todo, as exportações cresceram 3,7% em comparação com 2013. Trata-se do maior incremento registrado desde 2012, segundo o Destatis. Ao mesmo tempo, as importações aumentaram 2% – outro recorde, porém superado pelo das exportações.

As exportações tiveram um crescimento particularmente forte em dezembro, de 3,4%, enquanto as importações caíram 0,8%. Analistas previam um modesto aumento de 1% nas exportações e uma queda de apenas 0,2% nas importações.

"Levando em conta as muitas dificuldades, foi um bom ano", disse o presidente da associação de comércio exterior BGA, Anton Börner, fazendo referência à crise na Ucrânia, à epidemia de ebola na África e ao avanço do "Estado Islâmico" no Oriente Médio. Para 2015, o especialista prevê que as exportações cresçam 4%, puxadas pelo euro em baixa.

A moeda europeia sofreu uma depreciação de mais de 10% frente ao dólar no ano passado. Destacando o papel do euro desvalorizado no estímulo à demanda estrangeira por mercadorias alemãs, as exportações do país para países da União Europeia (UE) não membros da zona do euro foram as que mais cresceram: 10,2% na comparação com o ano anterior.

A maior economia da Europa cresceu 1,5% em 2014. Para 2015, o governo prevê uma nova expansão de 1,5% devido à conjuntura favorável, marcada pelo consumo interno aquecido, o euro barato e os baixos preços dos combustíveis.

LPF/dpa/rtr